
Nesta segunda-feira (20), o Porto de Santos recebeu o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Ele veio participar de um evento no navio Costa Diadema e ele alegou que o Brasil tem condições de ser a chamada ‘meca dos cruzeiros marítimos‘. Ou seja, deseja que a operação de cruzeiros durem o ano todo.

Em conversa com os jornalistas, o ministro falou da atual temporada de cruzeiros que foi retomada e ressaltou o esforço do presidente Jair Bolsonaro junto ao Ministério da Saúde e a Anvisa para autorizar a saída dos navios, com protocolos sanitários. Ele afirmou que a expectativa é transportar quase 400 mil passageiros. Porém, segundo ele, esse número poderia ser ainda maior.
“Infelizmente, é muito pouco devido ao potencial que o Brasil tem. Apenas cinco navios, mas é melhor que nada. É o começo do período pós pandemia. A gente sabe que o Brasil tem a vocação para cruzeiros marítimos”, falou ele.
Segundo ele, em relação ao turismo de cruzeiros, o Brasil tem melhores condições que outros países já que não tem ocorrências de furação, maremoto, terremoto, como países no Caribe e os Estados Unidos. Por isso, poderia receber navios de cruzeiros durante o ano todo.
“Eu quero, inclusive, fazer um desafio para os operadores de cruzeiros marítimos para que acabe com esse negócio de temporada. O Brasil não precisa de temporada, o Brasil tem que cruzeiros 365 dias por ano. Não somos diferentes de nenhum país, pelo contrário, somos muito melhores”, disse ele.
Elogio à infraestrutura dos Portos
Gilson Machado fez questão de elogiar os portos de Santos e do Brasil, especialmente a insfraestrutura. Para ele, todos tem capacidade o suficiente para operações ao longo do ano. “Nós temos calado para navios de grande porte em alguns portos e de pequeno e médio porte. E, tem navio de todo o tamanho. Tem navio de 50 passageiros até 5 mil passageiros. O Brasil tem condições de ser a ‘Meca dos cruzeiros marítimos'”.
E, citou alguns roteiros que seriam viáveis, principalmente, no Nordeste, por ter sol o ano inteiro. “Não tem por que não ter uma operação perene saindo de Fortaleza pra Natal, pra Fernando de Noronha, pra Maragogi, e vai e volta, Salvador, Maceió, Recife”, disse.
Segundo o ministro, ainda não há uma previsão de ampliar a quantidade de navios nos portos para esta temporada e nem tornar a operação de navios de cruzeiros permanente. Porém, o assunto já começou a ser debatido com representantes do setor marítimo, por meio do presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil), Marco Ferraz.
“Nós vamos conversar. Tem várias coisas que podemos tentar melhorar. Mas, depende também dos estados, redução de imposto sob combustível de navio de cruzeiro. Quando um navio chega em um cais como esse, observe a quantidade de material que chega do entorno. É hortifruti granjeiro, é carne, é queijo, então, ele gera a economia local todinha. É uma cidade que chega para ser abastecida”.
Ele ainda destacou os benefícios econômicos que o setor traz para a economia do país. “Turismo pode ser tão interessante para o PIB brasileiro como o agronegócio. E, nós estamos apenas cinco navios, era para ter 50 navios, e não cinco apenas […]. É muito pouco para o potencial que o Brasil tem”, disse.