Conselho de secretários de Saúde garante que pedido médico para vacina em crianças não será exigido
Anúncio ocorre após o Ministério da Saúde determinar prescrição para imunizar crianças
Nesta sexta-feira, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo de Oliveira Lula, se pronunciou, por meio de uma carta. Nela, a entidade garante que não vai haver a exigência do pedido médico para a vacinação de crianças.
O anúncio vai na contramão do que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse. Na última quinta (23) ele afirmou que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas. Mas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
A vacinação desse público com o imunizante da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 16 de dezembro. A Anvisa é o órgão de estado responsável pela palavra final em relação à liberação de vacinas.
Entretanto, até o momento o Ministério da Saúde não adotou medidas para iniciar a aplicação da vacina em crianças. Ao invés disso, anunciou a realização de uma consulta pública para ouvir a sociedade a respeito da imunização desse público.
A consulta pública está prevista para ficar aberta até 2 de janeiro. Especialistas afirmam que essa etapa é inédita no processo e que vai atrasar ainda mais a imunização infantil. Antes de abrir a consulta, diretores do ministério se reuniram com opositores da vacinação infantil. O presidente Jair Bolsonaro também já manifestou diversas vezes contra a vacinação.
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“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”, diz a carta assinada pelo presidente do Conass.
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