
O Carnaval tem grandes chances de ser vetado em São Paulo. A informação veio do próprio governador João Doria (PSDB), que disse que as festas na rua ou em ambientes fechados devem ser suspensos. Já sobre o Desfile das Escolas de São Paulo, Doria disse que está sob análise.
O governador esteve em Jaguariúna, Interior de São Paulo, para anunciar um investimento de R$ 70 milhões para escolas e creches da região de Campinas.
O governador de São Paulo foi categórico ao mencionar que municípios podem adotar medidas mais restritivas que o estado, ao considerarem dados locais de saúde. Segundo ele, a única recomendação do Comitê Científico neste momento é para que a população evite aglomerações.
“Neste momento, o Comitê não recomenda nenhuma restrição ao funcionamento de comércio e serviços. Recomenda, sim, restrição às aglomerações, e fortemente o uso permanente de máscaras em ambientes fechados e abertos. Vamos acompanhar dia a dia a evolução dos índices da ômicron”, falou Doria ao mencionar que análises indicam contaminação mais rápida, porém, de menor letalidade.
Segundo ele, o governo de São Paulo compreende “com naturalidade” os municípios que decidirem impor medidas restritivas para tentar reduzir as circulações dos vírus da Covid-19 e da gripe. Um exemplo foi Amparo, que começou a impor medidas restritivas. “Nós reconhecemos, o que não podem é facilitar aquilo que o governo de São Paulo determinou […] O governo entende que é a forma de respeitar o municipalismo e as decisões da área da saúde”, frisou.
Desfile indefinido
Ao ser questionado sobre o Carnaval 2022, o tucano salientou que o governo de São Paulo não autorizará, em nenhum município, festas de salão ou ambientes fechados, nem manifestações de rua.
“Vamos deixar para o ano de 2023”, falou Doria. Segundo ele, a questão dos desfiles de Carnaval em São Paulo também estão sob análise. “Embora seja uma decisão também do município, está sendo avaliado. Se tivermos uma evolução e um agravamento com esta variante ômicron, o tema será revisto sim […] Não é o caso ainda, estamos acompanhando, mas dada a evolução acelerada, é um ponto de cautela e preocupação”, destacou o governador de São Paulo.
CoronaVac em crianças
Doria encerrou a coletiva de imprensa com uma abordagem sobre a expectativa de aval da Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) para uso da vacina CoronaVac. As crianças de 3 a 11 anos seriam beneficiadas.

Segundo ele, o Instituto Butantan já tem 12 milhões de doses disponíveis e a estimativa é de que o total poderia compreender a população desta faixa etária no estado. A outra metade seria destinada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) para aplicações em outros estados brasileiros.”
“Temos a expectativa de que a Anvisa, nos próximos dias, possa analisar e quem sabe deliberar positivamente sobre a aplicação da CoronaVac. Já é uma vacina aceita, segura, eficaz, para vacinação de crianças de 3 a 11. Ela vai até uma faixa etária um pouco inferior ao da [vacina] Pfizer, e isso neste momento está em análise pela Anvisa”, falou Doria.
O governador garantiu que o estado também já tem estrutura para imunizar crianças de 5 a 11 nas próximas três semanas, em escolas, mas alegou que para isso ser feito é preciso São Paulo receber as doses do Ministério da Saúde. “Estrutura pronta, seringas compradas, enfermeiros treinados”, completou.
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