A Polícia Civil prendeu um guarda civil munidipal de 42 anos, em Peruíbe. Ele é acusado de tentar matar uma jovem de 27 anos em pleno ambiente de trabalho. De acordo com as informações, ambos trabalham no memso prédio, mas em setores diferentes e para matar a vítima, o agente usou um cabo USB.
A mulher, que preferiu não se identificar contou aos policiais que fazia um atendimento a um contribuinte, e quando foi chamar o próximo, viu um vulto atrás dela. “Ele passou por trás de mim, veio com o fio e já me asfixiou. Eu me debati, gritei, e um funcionário me ajudou a cessar a agressão. Eu corri para o fundo e aguardei chegar a PM e os guardas municipais. Nunca tive contato com esse cara, nunca conversei com ele, sabia da existência dele no prédio, mas nunca tive diálogo algum com ele”, conta.
Por causa da agressão, a jovem está afastada do trabalho e alega estar muito abalada após o crime. Já o diretor da unidade de Peruíbe afirmou à polícia que interviu no momento em que o guarda a atacou, e que teve que usar bastante força para cessar a agressão por parte do GCM. Ele também relatou às autoridades que, mesmo quando a vítima caiu no chão, o guarda ficou de joelhos em cima dela, com o fio envolto em seu pescoço.
Outra testemunha, um homem que estava trabalhando ao lado, relatou à polícia que o GCM entrou na sala em que eles estavam, pegou um cabo USB e a enforcou com o objeto, também a derrubando da cadeira. O funcionário reforçou, também, que o diretor da unidade conteve a ação, enquanto ele e outros funcionários acionavam a Polícia Militar e a Guarda Municipal.
Resposta
O advogado de defesa do acusado, Rodrigo Vieira, contou que o cliente vinha sendo vítima de assédio. “Ele vinha sendo perseguido, vítima de assédio sexual por parte da vítima, que vinha fazendo investidas. E acabou, em um momento de descontrole, acontecendo o que aconteceu. Mas ele não tem nenhum antecedente criminal, nunca respondeu nenhum processo. É um rapaz que tem uma reputação limpa”, afirma.
O defensor afirma, também, que entende que o Judiciário não tem requisitos para manter o guarda preso. “Ele tem endereço fixo, é funcionário público, não tem antecedente criminal, então, não deveria seguir preso. Não foi um crime premeditado e calculado. Foi uma situação de descontrole, por conta de ele estar sendo vítima de perseguição e assédio. Mas não é um criminoso, quanto mais um assassino frio, muito pelo contrário”, alega.
O GCM segue preso após ter a prisão em flagrante convertida em preventiva. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Peruíbe, onde segue sendo investigado pela Polícia Civil.
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