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Studios e microapartamentos viram apostas no mercado imobiliário

Praticidade e economia são as justificativas para a aquisição e o aluguel dos imóveis

Os apartamentos das grandes cidades, como São Paulo, estão acompanhando uma tendência arquitetônica chamada studio. Os studios são de até 45m² sem divisória e localizados em bairros estratégicos do centro e regiões mais movimentadas.

Segundo dados do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), 37.500 das, pouco menos, de 50 mil unidades lançadas na cidade entre janeiro e setembro de 2021 tem no máximo 45m², ou seja 7 a cada 10 imóveis construídos.

Os studios estão começando a se tornar a preferência de aluguel, principalmente, para executivos e profissionais que viajam muito a trabalho. Além do fator localização, esse tipo de estadia também chama atenção por parecer mais acolhedora e remetem à ideia de casa.

“Os studios estão ganhando de hotéis porque as pessoas preferem se sentir em casa. E o aumento de plataformas que agilizam a reserva também ajuda muito a fazer crescer esse movimento. Fora isso, as pessoas estão investindo nesse tipo de apartamento e aumenta ainda mais o número de unidades disponíveis para alugar”, explica Glaucio Gonçalves, arquiteto especialista em studios e micro apartamentos.

Boa para investir

Os studios estão chamando atenção de quem gosta e quer investir. Os compradores adquirem esse tipo de imóvel baseado na localidade e em áreas comuns, como lavanderia, academia e espaço de coworking. Além de estar perto de centros comerciais, esse tipo de imóvel ainda oferece espaços que moradores ou hospede.

O setor de aluguéis de imóveis sofreu um aumento em detrimento dos hotéis. Um exemplo disso é o Airbnb. A plataforma apresentou o melhor trimestre, superando em 36% o mesmo período de 2019, o que representa um aumento em faturamento líquido de 280 %, (R$ 4,7 bilhões). Esse número pode ter o impacto do crescimento dos chamados short term rental (aluguel de curto prazo).

Os chamados microapartamentos começaram a ganhar espaço em grandes centros urbanos, como Nova Iorque. O encolhimento tem um fator econômico, já que o valor do metro quadrado em grandes metrópoles aumentou bastante. Outro ponto é a mobilidade, uma vez que as pessoas preferem ficar em um espaço menor perto do trabalho, por exemplo, do que ficar horas dentro do transporte público e no trânsito.

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