Transporte municipal de São Vicente volta a ter greve e circulação dos ônibus é parcial
Decisão judicial obriga que a frota circule em até 70%


Mais uma vez São Vicente registra uma nova greve dos funcionários do transporte municipal. A categoria realizou o protesto na terça-feira (1º) e os motivos se devem aos atrasos dos salários e também de benefícios atrasados.
Dessa forma, os funcionários operam com apenas 50% da frota durante o dia e 70% nos horários de pico, seguindo a determinação judicial. A última paralisação no serviço foi encerrada em 9 de fevereiro após o pagamento de valores que estavam atrasados. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod) afirmou que a greve é por conta de atraso do pagamento, do vale-refeição e tmabém da cesta básica, referentes a fevereiro.
O pagamento deveria acontecer no dia 28 de fevereiro, mas como isto não ocorreu, a greve começou. Mas além da cobrança por estas pendências, o sindicato alegou também que a empresa Otrantur, responsável pelos ônibus municipais de São Vicente, não pagou as férias dadas à alguns motoristas. A denúncia ainda aponta que não há o agamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Por esse motivo, os trabalhadores estão com dificuldade para realizar o saque do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS).
Resposta
Em nota, a Otrantur, concessionária de Transporte Urbano de São Vicente, informou que na madrugada de terça-feira (1º) formou-se um movimento grevista, com base em um estado de greve permanente imposto pelo sindicato, junto a uma parte dos funcionários, visando manter a concessionária em estado de tensão permanente.
Segundo a empresa, o pleito dos colaboradores pauta-se no pagamento de salários vencidos na última segunda-feira (28), embora a concessionária tenha buscado outras formas de financiar. O processo junto aos agentes financeiros é moroso e o feriado de carnaval atrasou o cronograma previsto.
A concessionária afirmou que segue cumprindo a última liminar e acredita que na volta do expediente bancário as questões serão solucionadas e, assim, ocorra a normalização do serviço e que não há outros valores em aberto junto aos colaboradores, apenas os inerentes ao mês de fevereiro de 2022, já que as demais verbas reivindicadas em greves passadas foram objeto de acordos que estão sendo cumpridos.
Prefeiutra de São Vicente
A prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Defesa e Ordem Social (Sedos), informou que está em contato com as partes envolvidas para apurar a motivação desta nova paralisação.
Em nota, a administração municipal esclareceu que não mede esforços para garantir o serviço em funcionamento e ressaltou que em 9 de fevereiro depositou um subsídio emergencial de R$ 400 mil para que a Otrantur pagasse os salários atrasados dos funcionários, o que foi feito. Ao todo, serão 11 repasses mensais no mesmo valor para que a empresa honre com o pagamento de todos os trabalhadores e equacione o equilíbrio econômico-financeiro.
O município enviará, por meio da Secretaria de Assuntos Jurídicos (Sejur) e da Subsecretaria de Trânsito e Transportes, notificações à empresa exigindo esclarecimentos acerca da paralisação, uma vez que os subsídios servem para suprir essas necessidades. Caso a empresa não tenha capacidade de cumprir o acordo, o vínculo deverá ser encerrado.
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