Homem que agrediu idoso no trânsito é ouvido, mas não será preso, diz polícia
Segundo o delegado, ele deverá cumprir alguma pena, mas sem possibilidade de prisão
O homem de 52 anos acusado de agredir um idoso de 63 anos, durante uma briga de trânsito em São Vicente, Litoral de São Paulo, se apresentou à polícia, foi ouvido, mas liberado. E a tendência é que ele não seja preso, conforme diz o delegado responsável pelo caso, Marcos Alexandre Alfiino.
De acordo com a autoridade, a perícia vai apurar o caso e depois será definida uma pena que o agressor terá de cumprir. Contudo, nenhuma será com a prisão. O delegado explica que lgumas características do agressor, como estar em liberdade, ter residência fixa, poder recorrer ao caso e não ter antecedentes criminais reforçam a chance de o julgamento não decretar a prisão dele.
Em depoimento dado à Polícia Civil, o motorista agressor, identificado como João Batista Dias, disse que agiu em legítima defesa, para salvaguardar sua integridade, já que teria enxergado uma arma em formato de pistola dentro do carro da vítima, após um desentendimento no trânsito, e por isso teria imobilizado seus braços.
Sem justificativas para a prisão
O delegado afirma que a vítima relatou à polícia que não havia arma ou qualquer item com formato semelhante a uma pistola no carro. Além disso, complementa que no banco de dados, não consta nenhuma arma no nome da vítima.
O delegado frisa que, analisando as imagens do momento da confusão, é possível notar que o suspeito não chega a, de fato, agredir a vítima com socos ou tapas, mas o mantém imobilizado. Além disso, a autoridade policial afirma que a vítima não teve o braço quebrado, mas sofreu uma fissura no antebraço e um deslocamento da articulação do cotovelo.
Por fim, o delegado enfatiza que as duas partes acabaram por se envolver em uma briga de trânsito, movida por alguns fatores, como ultrapassagens e perseguições. Ele também pontua que os dois envolvidos são trabalhadores e não têm antecedentes criminais.
Enquanto isso, o idoso de 63 anos que teve o braço lesionado no ocorrido é motorista de aplicativo. Mas, após a briga, ele foi afastado e não poderá trabalhar por mais de dois meses.
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