Saúde

Setembro Amarelo: a importância no atendimento à depressão

Pesquisa revela que pacientes diagnosticados com a doença demoram, em média, 39 meses para procurar ajuda médica

A depressão no Brasil tem se tornado um problema de saúde pública. O país é o quinto com maior incidência da doença no mundo, apresentando um número de casos superior ao de diabetes, segundo Pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde.

De acordo com o estudo recente publicado na revista The Lancet[i], até 80% das pessoas afetadas pela doença no mundo sequer sabem de seu diagnóstico.

Já o levantamento realizado pelo Instituto Ipsos ouviu 800 pessoas com ou sem relação com a depressão de 11 estados brasileiros, revela que entre os diagnosticados entrevistados, o tempo médio para procurar ajuda foi de 39 meses.

Ainda de acordo com as informações, a demora ocorreu, principalmente, por falta de consciência de se tratar de uma doença (18%), resistência (13%) e medo do julgamento, reação dos outros ou vergonha (13%).

Dados

Sendo assim, dados da pesquisa demonstram que ainda há falta de entendimento sobre sua gravidade e seu impacto na vida do paciente e de todos ao seu redor: apenas 10% acreditam que a depressão é uma doença com base biológica.

O número de suicídios e de casos de depressão resistente ao tratamento somados a falta de entendimento sobre a doença e a demora em buscar ajuda evidenciam a gravidade do cenário da depressão no Brasil.

Mas, esse panorama pode mudar com o avanço de políticas de atenção à doença.

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