Vereador de Praia Grande é denunciado por estupro e pode ser cassado
Além do estupro, Whelliton Silva (PL) também estaria envolvido em 'rachadinha' e abuso de autoridade
O vereador de Praia Grande, Whelliton Silva (PL) pode ter o mandato cassado pela Câmara Municipal. O motivo é porque o Poder Legislativo analisa o pedido de cassação em razão de denúncia de estupro, ‘rachadinha’ e ainda por abuso de autoridade.
Ela originou após a moradora Letícia Almeida Holanda de Albuquerque procurar a Câmara, onde alegou que tem Síndrome de Borderline – transtorno de personalidade. De acordo com a denúncia, ela foi vítima do estupro e isto provocou um grave abalo psicológico, resultando em pensamentos suicidas e internação de urgência.
Ainda segundo a denúncia, Letícia legou fazer uso de medicamentos. Segundo ela, mesmo ciente de que ela não poderia ingerir bebidas alcoólicas, o vereador ofereceu as substâncias e a levou para o apartamento dele, onde teria acontecido o estupro.
Em seguida ela revelou que o político lhe prometeu um emprego como assessora parlamentar, com a remuneração mensal de R$ 2,4 mil. O salário do cargo na Câmara de Praia Grande (SP) é de R$ 12.285,81. A diferença, segundo a denunciante, seria devolvida por meio de saques bancários ou pagamentos de boleto, o que configuraria a “rachadinha”.
Na denúncia sobre “abuso de autoridade”, a mulher alegou ter sido perseguida por agentes da Guarda Civil Municipal (GCP) de Praia Grande, que teriam sido enviados a mando de Whelliton Silva.
O grupo responsável pela análise é formado pelo presidente da Legislativo, Cadu Barbosa (PTB), Hugulino Alves Ribeiro (PSDB) e Romulo Brasil Rebouças (Pode). O estudo da denúncia deve ser concluído em 90 dias, prazo que começou a valer a partir de terça-feira (13). O processo será arquivado, caso não haja julgamento até o citado prazo.
Resposta
Para o G1, Whelliton disse que “infelizmente, é obrigado a essa altura da própria vida a passar por essa situação”. Ele afirmou ser vítima de uma “armação política orquestrada por pessoas inescrupulosas que se aliaram à essa irresponsável”.
Ainda de acordo com o vereador, Letícia apresentou uma “denúncia descabida” 72 dias depois de afirmar ter sido estuprada. Segundo Whelliton, ela fez isso porque não foi nomeada assessora “por incompetência”.
Whelliton afirmou que a acusação se trata de “pura vingança” por parte da munícipe. “Quanto à ‘rachadinha‘, é um outro absurdo. Como pode haver este ilícito, se nem mesmo houve nomeação. As acusações de abuso de poder, que segundo ela eu utilizei meu cargo para acionar a Guarda Municipal, são até um insulto à nossa valorosa GCM“.
O político disse que acredita na Justiça, que a denunciante é “irresponsável” e que tudo não passa de “armação”. “Quanto a abertura de comissão de ética para apurar um fato que não tem nenhuma prova, digo nenhuma prova, estou muito tranquilo”.
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