Eleições

Lula e Bolsonaro vão disputar o segundo turno para a presidência

Petista terminou na frente do atual presidente, mas não o suficiente para vencer ainda no primeiro turno

Como é de tradição no Brasil, haverá segundo turno para as eleições presidenciais. O candidato do PT, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, terminou na frente do atual presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A eleição para segundo turno vai ocorrer no dia 30 de outubro.

Lula votou no colégio eleitoral de São Bernardo do Campo e mostrou confiança. Já Bolsonaro votou no colégio eleitoral do Rio de Janeiro. A disputa foi bastante acirrada ao longo de todo o dia, não apenas no Brasil, mas também em vários países, que estão aptos a permitir a votação de brasileiros para a presidência.

Em solo brasileiro, Lula venceu em 14 estados de boa parte da Região Norte, em todo o Nordeste e em Minas Gerais. Enquanto isso, Bolsonaro venceu em 13 estados, especialmente em toda região Sul e Centro-Oeste e em boa parte do Sudeste.

A confirmação de que haverá segundo turno foi anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 21h25, quando 96,93% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, Lula tinha 47,85% dos votos válidos, e Bolsonaro 43,7% .

No momento em que o segundo turno foi confirmado pelo sistema de totalização de votos, a candidata Simone Tebet (MDB) tinha 4,22% dos votos válidos, e o candidato Ciro Gomes (PDT), 3,06%.

Perspectiva

Com o resultado, daqui a quatro semanas, no dia 30, eleitores de todo o país vão definir entre a volta do PT – que governou o país por 14 anos, somando os governos Lula e Dilma Rousseff – e a continuidade do governo Bolsonaro iniciado em 2018.

O candidato eleito em segundo turno toma posse no cargo no próximo dia 1º de janeiro, em cerimônia no Congresso Nacional. Desta vez, o mandato presidencial terá quatro dias a mais: uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro.

Nos últimos dias, conforme as principais pesquisas de intenção de voto apontavam a candidatura da Lula com cerca de 50% dos votos válidos. Ou seja, próxima ao limite para uma vitória em primeiro turno –, as equipes de Lula e Bolsonaro se basearam nesses dados para redirecionar os esforços de campanha.

No caso de Lula, a campanha buscou conquistar o chamado “voto útil” – quando o eleitor decide votar no candidato mais bem classificado para ajudar a encerrar a disputa mais rapidamente. A intenção era atrair simpatizantes de candidatos como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) que, ao votar em Lula, estariam ajudando a evitar um segundo turno com Bolsonaro.

Já a campanha de Bolsonaro intensificou as críticas aos 14 anos de gestão do PT, com foco nos escândalos de corrupção e na crise enfrentada por países governados pela esquerda na América Latina. O principal objetivo, nesse caso, era reduzir a intenção de voto em Lula no primeiro turno, colocando-o abaixo dos “50% + 1” necessários para uma vitória nessa rodada de votação.

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