Jovem de Cubatão tem nudes falsos vazados em aplicativo com 9 mil seguidores
Uma das fotos foi editada e deu a impressão que ela estivesse nua
Uma jovem de 21 anos, moradora de Cubatão, foi vítima de um crime virtual. Fotos onde ela aparece de biquíni no Instagram foram editadas e acabaram vazando como se ela estivesse nua e em seguida acabaram sendo compartilhadas no Telegram. O canal onde os nudes foram postados tem mais de 9 mil inscritos.
De acordo com o advogado da vítima, Murillo Marques, foi feito um pedido para que o canal ‘Vazados’, excluísse as fotos, o que acabou sendo acatado pelo juiz Gustavo Henrichs Faver, da 4ª Vara da Comarca de Cubatão. Além disso, também determinou o fornecimento de dados da conta que criou o ‘Vazados’. O advogado da vítima pretende mover uma ação contra os responsáveis pelos compartilhamentos por danos morais e pela violação da privacidade e da honra da vítima.
A jovem alega estar exposta, com vergonha e culpada, após o vazamento dos nudes [fotos nuas] falsos. Ela revelou que descobriu o crime em setembro, após notar um aumento expressivo no número de seguidores e começar a receber mensagens de homens perguntando se as fotos do nudes falsos eram dela. “chega a ser bizarro”.
Segundo o advogado, os responsáveis pelo compartilhamento das imagens fraudadas ainda divulgaram aos seguidores as redes sociais da cliente.
Diante da situação, a jovem procurou ajuda com a Organização Não Governamental (ONG) GirlUp Caiçara, que auxilia meninas sobre direitos femininos, e a orientou a registrar um Boletim de Ocorrência, além de ter indicado Marques, que é especialista em fraudes digitais e presidente da Comissão de Direito Digital da Ordem dos Advogados (OAB) de São Vicente, no litoral de São Paulo.
Passos
De acordo com o advogado, a agora a necessidade é esperar o fornecimento dos dados solicitados ao Telegram, que já foram garantidos pela Justiça, para poder identificar e processar os responsáveis por danos morais e também pela violação da privacidade e da honra da vítima.
Marques esclareceu que o pedido de indenização será direcionado aos autores da edição e compartilhamento das fotos, e não ao aplicativo.
“Por hora não ingressaremos com pedido de danos morais contra o Telegram, justamente porque foi cumprida a determinação judicial antes do prazo e eles não são responsáveis pela veiculação dessas imagens, mas sim as pessoas que estavam dentro do canal”, explicou.
O Telegram ainda não se pronunciou sobre o caso.
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