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Polícia Federal conclui que prefeito de Guarujá sabia e participava de esquema de corrupção

A Polícia Federal concluiu que o prefeito de Guarujá, Valter Suman (PSDB), sabia e participava de um esquema de corrupção adquirindo bens e escondendo os valores. O inquérito apurava o desvio de dinheiro público da Saúde em contratos entre o município e a Organização Social (OS) Pró-Vida.

O prefeito de Guarujá possui 12 diferentes crimes de lavagem de dinheiro ligados a ele, segundo documentos obtidos pela TV Tribuna.

A Polícia analisou e descobriu, com a autorização da Justiça, informações fiscais e bancárias de que a família Suman teve um aumento patrimonial de R$ 11.600.000 nos últimos seis anos. O dado contradiz o chefe do Executivo, que havia declarado uma perda de R$ 177.750,20 no período.

Quando foi preso em 2021, Suman estava morando em um apartamento na Praia de Pitangueiras e, na época, o imóvel estava em nome do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Portuários de Guarujá, Rogério Ludge Lima Neto. À PF, ele negou ser o dono e esclareceu que era de propriedade do ex-secretário.

Lima Neto, por sua vez, contou à PF que realizou a benfeitorias necessárias no imóvel e que a documentação inerente à reforma do apartamento foi feita junto à prefeitura. Ele disse, ainda, que o imóvel seria vendido como permuta [em troca de algo] ao prefeito, mas que o negócio não foi efetivado.

No entanto, as investigações baseadas em documentos apreendidos apontam outra versão. No apartamento onde estava o ex-secretário da Educação, Marcelo Nicolau, no bairro Morumbi, na capital paulista, os agentes encontraram um contrato passando o imóvel para os filhos do prefeito no valor de R$ 800 mil. Além disso, recibos de pagamentos assinados por Lima Neto com valores quitados pelos herdeiros do prefeito também foram encontrados no local.

Segundo o relatório da PF, apesar de o imóvel estar em nome de Lima Neto, Suman possuía, em local seguro, um contrato de compra e venda com as respectivas quitações do imóvel, assinado pelo proprietário, procedimento que é comumente utilizado para lavagem de dinheiro, um tipo de esquema de corrupção.

Ainda de acordo com a apuração da PF, a família Suman comprou dois apartamentos em Campos do Jordão (SP) e realizou a reforma dos imóveis, que teriam sido pagas em dinheiro por Edna, totalizando R$ 610 mil.

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