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Justiça condena cantor sertanejo por fraudar compra de respiradores no Guarujá

Equipamentos eram voltados para pacientes com Covid-19. Almir Matias é investigado pela Polícia Federal

O cantor sertanejo Almir Matias da Silva foi condenado pela Justiça Federal em Santos, em primeira instância. Além de músico, ele também trabalhava como empresário e pegou dois anos e quatro meses de prisão em regime aberto. Ele é acusado de fraudar a compra de respiradores destinados a pacientes com Covid-19 em tratamento em Guarujá.

Apesar da pena, ela foi substituída pela prestação de serviços à comunidade e o pagamento de 50 salários mínimos para instituição pública ou privada que realiza trabalho social.

O empresário que havia sido preso em agosto deste ano durante operação da Polícia Federal. Por isso recebeu alvará de soltura e pagará a multa por, segundo a sentença, distribuir e entregar a consumo produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado, sem registro, quando exigível, no órgão de Vigilância Sanitária competente.

Segundo o advogado de defesa de Almir Matias, José Eduardo dos Santos, o cliente ainda não foi colocado em liberdade pois existe, contra ele, outro mandado de prisão preventiva no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

A defesa informa que vai recorrer da sentença por acreditar que cabe a absolvição. José Eduardo informou que pedirá a revogação da prisão preventiva do TJ-SP. Sobre os demais inquéritos, irá esperar que sejam apresentadas as denúncias para se manifestar.

Conheça Almir Matias

Almir é dono e controlador de entidades que se classificam como Organizações Sociais, como é o caso da Pró-Vida, gerenciou o atendimento nas principais unidades de saúde de Guarujá entre os anos de 2018 a 2021.

Na decisão, o juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho entendeu que Almir Matias faltou com o dever de verificar se os ventiladores adquiridos possuíam registro junto ao órgão de Vigilância Sanitária.

Segundo o juiz, Matias administrava a OS que havia celebrado diversos contratos de gestão na área da Saúde com as prefeituras de Guarujá e Cubatão, circunstâncias que evidenciam a omissão no emprego da cautela e atenção necessárias durante a aquisição dos equipamentos médicos.

Recentemente, Matias foi indiciado pela Polícia Federal em uma investigação que apurou quatro contratos assinados entre a OS Pró-Vida e a Prefeitura de Guarujá. Neste inquérito, o delegado responsável pelo caso indiciou também o prefeito de Guarujá, Válter Suman, a primeira-dama, Edna Suman, além de outras 23 pessoas, como ex-secretários municipais e um vereador.

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