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Manifestação de bolsonaristas provoca quebra-quebra e veículos incendiados

Ato aconteceu em virtude da prisão de um indígena e pela revolta pela diplomação de Lula ao STF

A semana começou com muito vandalismo em Brasília. Manifestantes bolsonaristas se reuniram para protestar contra a prisão do indígena o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro e acusado de promover ações antidemocráticas. Além disso, os apoiadores do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não concordam com a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Na noite dessa segunda-feira (12), o grupo se reuniu inicialmente na sede da Polícia Federal e depois foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para protestar. Mas no meio disso, houveram atos de destruição, quando oito carros e cinco ônibus foram queimados durante os atos no Centro de Brasília,

De acordo com o Corpo de Bombeiros, desse total, quatro ônibus e sete carros foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Além disso, uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo. Até o momento não há informações se houveram presos.

Os bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal e quebraram vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte. Policiais militares entraram em confronto com o grupo, que colocou botijões de gás em vias próximas ao local. Segundo o Corpo de Bombeiros afirmaram que eles estavam vazios.

Na terça-feira (13), a Esplanada dos Ministérios amanheceu fechada para o trânsito de veículos. Também há bloqueios na Praça dos Três Poderes e nas proximidades do Setor Hoteleiro Norte e da sede da Polícia Federal.

Resumo

  • Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro;
  • A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República;
  • A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes; a PF diz que o preso está acompanhado de advogados e que as formalidades relativas à prisão “estão sendo adotadas nos termos da lei”.
  • Após a prisão de Tserere, um grupo de radicais tentou invadir um prédio da PF e incendiou carros;
  • Parte do grupo seguiu pela Asa Norte, onde realizou novos atos de vandalismo. Pelo menos um ônibus foi incendiado; botijões de gás foram espalhados em ruas da cidade;
  • A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha. Houve confronto com os radicais;
  • A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central;
  • O secretário de Segurança, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: “A partir de agora , temos imagens, filmagens, temos como identificar”. Ele não soube dizer se houver prisões.
  • A região do hotel onde o presidente eleito, Lula, está hospedado teve a vigilância reforçada por equipes da PM.
  • O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: “Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (…) estão nas ruas”.
  • Às 23h08, mais de duas horas depois do início dos atos, o ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, escreveu em uma rede social que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, “manteve estreito contato” com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF “a fim de conter a violência e restabelecer a ordem”. Ele disse que “tudo será apurado e esclarecido” e que a situação está se normalizando”.
  • O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou de “absurdos” os atos de vandalismo, “feitos por uma minoria raivosa”.

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