Saúde

Aftas: lesões esbranquiçadas podem ser sinais de câncer de boca

Fique atento aos casos de Aftas; detecção precoce é sempre a melhor alternativa

Todos já tiveram feridas brancas ou avermelhadas na boca, que ardem e doem e dificultam a ingestão. Essas lesões são chamadas de aftas. Porém, se persistirem por mais de 15 dias na mesma região, devem ser investigadas com atenção. Às vezes, pode até passar despercebido e ter acontecido por motivos pontuais, mas se demorar para cicatrizar, pode ser um forte alerta de um tumor de cavidade oral, ou seja, câncer de boca.

 

De acordo com o médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço, Dr. Rogério Dedivitis, é necessário ficar atento aos primeiros sinais. “Aftas persistentes que não cicatrizam, feridas como nódulos, bolhas, úlceras, placas ou manchas que surgem na região e dificuldade para engolir também são sintomas que podem sinalizar um câncer de boca, apesar de mais frequentemente serem doenças inflamatórias”, frisa. “É necessário manter uma higiene oral cuidadosa e consultar com um especialista é fundamental para o diagnóstico precoce”, afirma.

 

De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil é o terceiro país com mais ocorrências de câncer de boca, chegando a 15 mil casos por ano. Dr. Rogério Dedivitis alerta que “O câncer na cavidade oral tem incidência maior em homens acima de 50 anos, fumantes e costuma afetar outras regiões como parte posterior da língua, lábios, gengivas e céu da boca”, conta.

 

“O cigarro associado ao álcool, relaciona-se a 90% dos casos registrados. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), nos últimos anos, o HPV também tem sido um fator de extrema relevância para o surgimento da doença na orofaringe”, explica Dr. Dedivitis.

Aftas

São pequenas lesões superficiais no interior da boca ou na base das gengivas. A afta não é contagiosa e o principal sintoma é uma ferida dolorosa que pode dificultar a ingestão de alimentos e a fala. A maioria das aftas desaparece por conta própria dentro de uma ou duas semanas. Caso persistem, é necessário procurar um especialista.

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