Santos tem peixes que comem larvas de mosquito da Dengue
'Guerreiros' de apenas 5cm que trabalham de graça no combate ao Aedes
Mede cerca de 5 centímetros, vive em média dois anos, se procria em cerca de três semanas e trabalha de graça. Essas são as principais características de um importante aliado da Secretaria de Saúde de Santos no combate às larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela urbana. O nome desse “guerreiro” é um pouco assustador, mas seu trabalho é muito eficaz: peixe larvófago.
A chefe técnica da Seção de Controle de Vetores (Secove), Ana Paula Favoreto, lembra que a secretaria conta com este importante aliado desde setembro de 2018. Os peixes larvófagos são usados no controle biológico para comerem as larvas dos mosquitos – não só do Aedes aegypti, mas também de pernilongos. “Colocamos principalmente em piscinas sem uso e em garagens subterrâneas”.
A importância do uso dos peixes larvógafos no Município é ressaltada pela diretora de Vigilância em Saúde de Santos, Ana Paula Viveiros Valeiras. “Eles têm contribuído no combate à infestação dos mosquitos e, consequentemente, na diminuição da quantidade de pessoas que adoecem por dengue e chikungunya”, diz. Ana Paula explica que o peixe larvófago é “um predador natural e, portanto, muito eficaz no controle das larvas. É um método a custo zero e não interfere na saúde ambiental dos locais onde são colocados”.
O Começo
O primeiro grande combate dos peixes larvófagos aconteceu em 2018 e se deu em uma vala no Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos, na Vila São Jorge. Já em janeiro de 2019, em um espaço usado por uma oficina mecânica no Macuco para a troca de óleo de veículos. O local havia se transformado em uma grande piscina, infestada por larvas de mosquito, até que o time dos peixes entrou em ação. Pouco tempo depois, o problema estava resolvido.
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