Professor morre ao ser baleado no rosto durante assalto em Praia Grande
Ele ainda chegou a ir sozinho ao pronto-socorro, foi hospitalizado, mas não resistiu


Foi confirmada a morte do professor Ary Osmar do Nascimento Neto, de 49 anos. Ele foi vítima de assalto e em seguida baleado no rosto em Praia Grande. Mas apesar do disparo, ele ainda conseguiu ir só para um pronto-socorro da cidade, onde recebeu os primeiros cuidados. Como não tinha plano de saúde, foi transferida para outra unidade de saúde, onde passou quatro dias internada até que não resistiu aos ferimentos.
Segundo o boletim de ocorrência, Ary havia saído de moto de uma reunião em Cubatão e se dirigia a um bar, no bairro da Aviação, em Praia Grande. Só que acabou sendo abordado por dois criminosos, que roubaram o celular dele, uma arma e dispararam contra a face do professor. O motivo da vítima ter uma arma era porque tinha registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC).
Após ter sido baleado, os bandidos fugiram a pé e a Polícia Militar foi acionada. Antes de os agentes chegarem à cena do crime, que ocorreu na noite de quarta-feira (1), Ary se deslocou sem ajuda ao Pronto-Socorro, onde foi atendido e ainda prestou depoimento aos PMs. Por não ter convênio médico, ele foi transferido ao Hospital Irmã Dulce, onde morreu no último domingo (5).
Denúncia de negligência
A esposa e também professora, Cristiane Camargo, de 50 anos,disse que estava em casa quando foi informada que Ary havia sido baleado. Imediatamente se dirigiu ao complexo hospitalar e soube que o marido estava com a bala alojada perto da garganta, na região do palato (limite que separa a cavidade oral da cavidade nasal).
De acordo com Cristiane, o marido estava “falando muito mal” e precisou ser entubado, pois o projétil havia se deslocado. A situação repetiu na madrugada do último domingo, quando a bala voltou a se movimentar atingindo uma veia importante. “Ele teve uma hemorragia sem fim. Tentaram reanimá-lo, mas não resistiu. Não merecia ter morrido desse jeito”, lamentou.
A mulher contou ter ido ao hospital no domingo às 10h e disse não ter sido informada de que a morte havia sido confirmada na madrugada daquele dia, por volta de 1h. Segundo ela, a disseram que ele havia sido transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que deveria retornar só às 16h.
O Complexo Hospitalar Irmã Dulce respondeu, por meio de nota, que o paciente deu entrada na unidade no dia 1º de fevereiro, onde recebeu toda a assistência médica necessária.
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