Desabrigados da tragédia do Litoral Norte são levados para hotéis
Até que novas unidades habitacionais sejam construídas, os desabrigados ficarão em hotéis de São Sebastião


Os moradores que perderam tudo no temporal que devastou o Litoral Norte, começaram a deixarem os abrigos para ficarem em hotéis e pousadas de São Sebastião. A transferência teve início na quarta-feira (1º) e devem prosseguir até o final desta semana.
Segundo o Governo de São Paulo, a intenção é que as vítimas da chuva sejam hospedadas temporariamente em pousadas até que as vilas de passagem e moradias definitivas sejam construídas. A estadia será bancada pelo Estado.
A parceria com os empresários hoteleiros vale inicialmente por 30 dias, mas deve ser reavaliada conforme a necessidade. Segundo o governo estadual, cerca de 120 hotéis e pousadas demonstraram interesse em receber os cerca de mil desalojados ou desabrigados pelas chuvas na cidade.
Na quarta, duas famílias foram levadas ao hotel de Juquehy, mas está previsto o encaminhamento de mais moradores nos próximos dias. A operação começou por volta das 21h30 e priorizou as pessoas acamadas e com deficiência.
As famílias que até então estavam abrigadas no Instituto Verdescola eram moradoras da Vila Sahy, local que ficou devastado após as chuvas intensas do final de semana do carnaval. Diversas escolas que têm servido como abrigo precisam ser desmobilizadas o quanto antes, já que as aulas da rede municipal retornam na próxima segunda-feira (6).
Mais de quatro mil leitos em 120 hotéis e pousadas ficarão disponíveis para receber a população que será encaminhada pelo município.
Moradias populares
Questionado sobre a construção de moradias para as famílias do Litoral Norte, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou em entrevista coletiva, que a previsão é que as obras para as moradias definitivas comecem imediatamente e sejam concluídas em cerca de 180 dias.
Até esta quinta foram anunciados seis terrenos em quatro bairros. Os locais ficam nos bairros Topolândia, Maresias, Barequeçaba e uma área na própria Vila Sahy – epicentro da tragédia. Inicialmente, o governo estima que de 400 a 600 casas sejam construídas nessas três áreas.
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