O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 35 anos, acusado de espancar a procuradora-geral Gabriela Samadello de Barros, de 39, durante expediente na Prefeitura de Registro, será internado provisoriamente. A decisão foi do juiz Raphael Ernane Neves e o acusado terá de permanecer em uma unidade hospitalar.
Segundo o documento judicial, ficou reconhecido que Demétrius está inimputável. Ou seja, é incapaz de entender o caráter ilícito de um fato, a condição de saúde mental. Ele foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide, bem como a necessidade da manutenção da cautela processual.
Um laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) concluiu que o procurador apresenta quadro psiquiátrico compatível com esquizofrenia paranoide. Um parecer elaborado pelo psiquiatra forense Guido Palomba já havia apontado o mesmo.
Dessa forma, o juiz decidiu, no último dia 24, pelo encaminhamento do procurador à internação em uma unidade hospitalar sob a guarda do Estado, assim como foi requisitada e aprovada pelo Ministério Público.
Em nota, o advogado de Demétrius, Marco Antonio Modesto, informou que o cliente foi transferido para a ala ambulatorial da Penitenciária José Aparecido Ribeiro, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, após a decisão do juiz Raphael Ernane Neves de mantê-lo em regime de internação provisória, em unidade de custódia hospitalar, depois de atestada esquizofrenia paranoide no laudo pericial.
“Trata-se de um transtorno mental crônico e incapacitante que requer acompanhamento, tratamento médico e manejo em ambiente hospitalar adequado. A necessidade de internação psiquiátrica do Sr. Demétrius já havia sido identificada e reportada em relatórios médicos oficiais de outros psiquiatras do Estado e é um direito de toda pessoa com transtorno desse tipo”, ressaltou.
O advogado da procuradora Gabriela Samadello, Alberto Zacharias Toron, informou que Demétrius já estava internado e, agora, o juiz homologou o laudo que o considera inimputável. Segundo ele, com essa decisão, o procurador deverá ficar internado pelo prazo mínimo de três anos.
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