A Polícia Civil começou a investigar o caso de um homem de 31 anos que foi baleado por duas vezes ao sair de uma adega em Mongaguá. Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas informaram à polícia que o baleado correu para uma região de mata e sumiu e ele seria suspeito de traficar crianças. a acusação foi feita pelo atirador responsável por ferir o suspeito.
O pai da vítima, um idoso de 64 anos, contou aos policiais que foi informado por um desconhecido sobre o crime. Aos agentes de plantão, ele contou o que soube e registrou uma ocorrência de desaparecimento. Só que depois foi atualizado a partir das investigações e depoimentos de testemunhas.
Testemunhas dos disparos
Aos policiais, uma testemunha contou que estava fumando com dois amigos em frente à adega. De repente um homem apelidado de ‘Negão’ chegou com um cachorro pitbull, duas armas e coletes à prova de balas.
Ainda de acordo com o relato, o homem teria comprado cervejas na adega, deixado o local e retornado aproximadamente meia hora depois, em uma bicicleta elétrica.
Foi naquele momento, de acordo com a testemunha, que ‘Negão’ sacou uma das armas e atirou na direção de um rapaz conhecido como ‘Nenê’. Os tiros, segundo as informações prestadas à polícia, não acertaram o alvo, que correu junto com o homem que mais tarde veio a ser baleado.
Aos agentes, a testemunha disse ter fugido com os dois amigos com quem fumava. Ela contou, porém, ter retornado à adega e encontrado ‘Negão’ conversado com o dono do estabelecimento, com quem falou sobre a questão do tráfico de crianças.
Passados aproximadamente 20 minutos, o rapaz que está desaparecido também voltou à adega e conversou com ‘Negão’, que, de acordo com outra testemunha, só efetuou os disparos assim que a vítima se virou para ir embora.
Segundo os relatos, os tiros teriam acertado as costas e a cabeça do homem, que correu para uma área de mata. Depois disso, outros dois disparos teriam sido ouvidos, mas a vítima e o atirador estavam em meio à vegetação e não foram vistos.
Investigação
A Polícia Civil analisou as informações e atualizou o registro do caso como disparo de arma de fogo e desaparecimento de pessoa. Como não foi encontrado corpo, de acordo com as autoridades policiais, o caso não pode ser caracterizado e nem investigado como homicídio.
O autor dos disparos já foi identificado, mas não localizado pela Polícia Civil. As investigações e a solicitação para que a Justiça dê o um mandado de prisão contra ele estão em andamento.
O homem atingido pelos disparos segue desaparecido. Segundo a Prefeitura de Mongaguá, a vítima não passou pelas unidades de saúde da região depois de sexta-feira (19). “O último atendimento registrado com o nome do desaparecido, aconteceu no dia 13 de maio de 2023”, informou a administração municipal, em nota.
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