*Por Pedro Signorelli
Do ponto de vista de planejamento para o ano, muito do que se faz nas empresas pode e deve se aplicar para as pessoas individualmente, em suas vidas pessoais. Afinal, ao mesmo tempo em que somos um só, desempenhamos papéis distintos, no meu caso: filho, pai, marido, amigo, profissional, entre outros.
E como não somos perfeitos, sempre é possível melhorar no desempenho de cada uma destas funções que exercemos na nossa vida. Porém, é preciso avaliar algumas questões: que aspectos do meu caráter poderiam ser melhores? Nascemos com um determinado temperamento e fomos educados em uma determinada família. Isso é uma bagagem forte que carregamos. Mas em qual aspecto podemos evoluir?
Um aspecto que parece óbvio, mas por alguns costuma ser negligenciado, é a nossa própria carreira. Muitas vezes costumamos delegar esta responsabilidade para a empresa em que trabalhamos, mas na realidade, é uma responsabilidade de cada um. Nós temos que ter o controle sobre os planos, enquanto os resultados podem vir ou não, pois dependem de muitos fatores.
Por essa razão, é importante olhar para a nossa carreira de forma bastante profissional e séria. Convenhamos que se você não se importa, porque a empresa deveria? A organização em que você trabalha pode, a qualquer momento, encontrar alguém para desempenhar o seu cargo. O mercado é competitivo e, às vezes, cruel e injusto. É preciso estar preparado.
Com isso, reafirmo que somos responsáveis pelo desenvolvimento das nossas capacidades. Por isso, precisamos nos perguntar: onde queremos chegar? Cargo, empresa, função, salário, entre outros fatores. O que precisamos para isso? Quais capacidades? Por quais funções precisamos passar antes de chegar no nosso objetivo?
O mundo muda cada vez mais rápido e sendo assim, não precisamos “escrever as coisas na pedra”, justamente porque nada costuma durar para sempre. Todavia, é fundamental ter um plano e estarmos atentos aos constantes sinais do mercado. Fazer um planejamento ajuda a lidar com essas inconstâncias sem se sentir perdido.
Faça alguns questionamentos: Quais capacidades precisamos desenvolver? Como sabemos que estamos no caminho certo? Estamos progredindo em um idioma? Afinal, podemos estar fazendo muitas aulas, mas as pessoas compreendem o que eu digo, consigo ler livros mais difíceis, quantas consultas faço ao dicionário quando estou lendo um texto em inglês?
Também é importante avaliar se é o momento adequado para começar a adquirir algumas capacitações técnicas. Novamente, se questione: eu tenho alguma certificação (profunda, não qualquer uma que o mercado oferece) ou alguma pós-graduação? E quanto às famosas softskills? É fundamental se conhecer por completo, acredite.
Como essa nossa atitude, passamos a desenvolver um senso maior de responsabilidade. É fundamental termos em mente que ser melhor profissional ou ser mais produtivo não tem a ver com a quantidade de horas em que estamos no escritório. Tem a ver com o tempo que levamos para executar nossas tarefas.
Neste sentido, podemos perceber que um bom planejamento pessoal está diretamente ligado ao nosso ‘eu profissional’, pois quando esse plano está estruturado, conseguimos entender quais devem ser as nossas prioridades no momento e como devemos fazer para atingir os nossos objetivos, em qualquer âmbito da vida.
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