Calor pela manhã, frio durante a noite. A instabilidade climática e a aproximação de frentes frias é vista com atenção por especialistas em várias partes do país. O alerta é com relação à possibilidade de aumento de doenças respiratórias neste período, quando os cuidados devem ser redobrados.
A pneumologista Márcia Oliveira, que atende na Clínica da Cidade, explica que a redução de temperatura pode ter relação direta com o aumento de infecções virais – sobretudo pela incidência de aglomerações e ambientes menos ventilados. Ela reforça ainda que é um período em que pessoas que já têm algum tipo de doença respiratória crônica podem enfrentar mais dificuldades.
“O ar fica mais seco, tem mais poeira, mais poluição no ar, queimadas. Isso acaba contribuindo para a piora das doenças respiratórias, que podem ser asma, rinite ou um paciente que já tenha uma enfisema”, exemplifica.
A médica reforça ainda a importância da busca por atendimento médico diante da persistência de problemas relacionados às infecções.
“Se os sintomas estão prejudicando muito, com tosse, desconforto e febre, por exemplo, daí vale a pena a gente avaliar”, explica. “Muitas vezes, também decorrente desses resfriados, que demandam e consomem a nossa imunidade para combatê-los, as pessoas também têm como complicação a pneumonia”, alerta, Oliveira.
Prevenção.
Apesar da tendência de permanecer em ambientes fechados no frio, a especialista orienta a priorizar uma maior circulação de ar – com janelas abertas em encontros com outras pessoas, além do uso de máscaras em locais como clínicas e hospitais.
“Mas a gente precisa lembrar que a principal forma de prevenção é manter a vacinação em dia. Quando estamos vacinados, desenvolvemos formas mais leves porque o organismo já foi apresentado aos microorganismos”, acrescentou.
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