A greve nacional dos caminhoneiros, anunciada para esta quinta-feira (04), não ocorreu na prática. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), nenhuma mobilização foi registrada nas rodovias federais em todo o país, confirmando que a paralização, divulgada nas redes sociais, não saiu do discurso.
De acordo com a PRF, não houve sequer comunicação oficial sobre bloqueios ou manifestações, como exige o Artigo 95 Código de Trânsito Brasileiro. Mesmo assim, os agentes mantiveram o monitoramento nos mais de 75 mil quilômetros de estradas federais. Até as 8h, não havia registros de interdições no Distrito Federal, em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em outros estados.
O movimento havia sido protocolado na terça-feira (02) na Presidência da da República por Chicão Caminhoneiro, com acompanhamento do desembargador aposentado Sebastião Coelho, que declarou prestar apoio jurídico à paralisação. Ainda assim, os principais representantes da categoria já vinham se posicionando contra a greve, afirmando que a iniciativa tinha viés ideológico e não representava a maioria dos caminhoneiros.
Um dos organizadores, Francisco Burgardt, ligado ao Sindicam-SP, chegou a projetar adesão em diferentes regiões do país e afirmou que o ato ocorreria dentro da legalidade. Na prática, porém, não houve impacto algum no tráfego de cargas ou na rotina das estradas.
Sem adesão, sem bloqueios e sem mobilização, a greve termina marcada como mais um movimento que apostou na projeção política, mas não encontrou respaldo nas rodas dos caminhões.
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