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Projeto resgata documentos históricos e digitaliza acervo relevante de Jundiaí

Parceria entre o Arquivo Histórico de Jundiaí e a Unicamp já digitalizou mais de 160 processos em menos de dez dias

Em menos de dez dias, o projeto de digitalização entre a Unidade de Gestão de Cultura (UGC) e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) avançou com a digitalização de mais de 160 processos históricos.

O trabalho visa preservar documentos do Tribunal de Justiça do Estado, relacionados à Comarca de Jundiaí, que datam de 1754 e abordam questões como escravidão, conflitos territoriais e temas do cotidiano da cidade.

O projeto de cooperação técnica entre o Arquivo Histórico de Jundiaí e o Centro de Memória da Unicamp está resgatando uma parte importante da história de Jundiaí, por meio da digitalização de processos históricos que contam a evolução social e política da cidade. Ao todo, mais de 2 mil processos serão digitalizados pela equipe jundiaiense, que realiza visitas semanais à universidade para o trabalho.

Entre os documentos digitalizados estão processos de roubos ocorridos na região central de Jundiaí, conflitos de terras, julgamentos de tentativas de assassinatos, e registros de penhoras de pessoas escravizadas, além de conflitos envolvendo as tropas do governo e pessoas escravizadas. O documento mais antigo encontrado até o momento data de 1754.

Segundo Paulo Vicentini, diretor do Departamento de Museus da UGC, responsável pelo Arquivo Histórico, esses documentos são fundamentais para a compreensão do cotidiano da cidade, especialmente para a análise da resistência de pessoas escravizadas contra a escravidão. “São documentos essenciais para a memória das populações africanas, afrobrasileiras e dos povos originários de Jundiaí e região”, ressalta Vicentini.

Como parte da iniciativa, o Arquivo Histórico já disponibilizou cerca de dez processos digitalizados na seção “Acervo Digital” do site da Cultura, em fase de teste. Além de informações básicas sobre os documentos, como título, autoria e coleção, a digitalização incluirá, posteriormente, resumos detalhados sobre o conteúdo de cada processo.

A descoberta dos documentos históricos no Centro de Memória da Unicamp remonta à década de 1980, quando a Professora Dr.ª Maria Ângela Borges Salvadori identificou os arquivos no Tribunal de Justiça. A partir da pesquisa, os documentos foram direcionados à universidade com a ajuda do historiador José Roberto Lapa.

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