Saúde

Johnson & Johnson começam testes na população

No Brasil, mais de 2 mil deve receber a vacina experimental

A vacina contra o coronavírus elaborada pela Johnson & Johnson chega na etapa 3, onde milhares de pessoas vão ser imunizadas no teste. No Brasil, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou na última segunda-feira (5), que vai liderar a fase 3 dos testes e irá recrutar pessoas. O número esperado no geral é que de 30 a 60 mil pessoas da África do Sul, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Peru estejam neste procedimento.

O Brasil irá contar com 2 mil voluntários e devem estar vinculados na CoVPN e J&J. A diferença é que em relação a outros laboratórios, que estão recrutando apenas profissionais da saúde, a Johnson & Johnson permite que qualquer pessoa de outros setores possam também participar destes testes.

Procedimento

Segundo a UFMG “a prioridade é alcançar pessoas que corram mais risco de infecção pelo vírus”. Poderão participar do estudo pessoas acima de 18 anos, sem limite superior de idade. Para se inscrever é necessário preencher um formulário na internet. A universidade aguarda montar um conjunto de voluntários que reflita a diversidade populacional do país, segundo variáveis como faixa etária, condição social, raça e gênero.

A pesquisa terá uma divisão por grupos, seguindo determinadas etapas. Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem patologias prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos. Após constatada a segurança dela, haverá a segunda etapa com a testagem em pessoas da mesma faixa etária (grupo de 18 a 60 anos e o grupo com mais de 60 anos), mas com alguma comorbidade (obesidade, problemas cardíacos, hipertensão arterial, entre outras).

Como em outras pesquisas, um grupo receberá placebo e outro receberão a vacina, a escolha será feita por sorteio. “Este é um estudo duplo-cego, em que nem os pacientes nem os investigadores sabem o que receberam. Todos serão acompanhados por 24 meses. Após a confirmação da eficácia da vacina, os pacientes voluntários que tomaram o placebo terão prioridade para receber o imunizante”, explica o comunicado.

Acordo com a UE

Enquanto isso na Europa, a União Europeia, por meio da Comissão Europeia conseguiu selar um acordo que irá garantir a distribuição de 400 milhões de doses para as pessoas. Será o terceiro acordo assinado no continente que já tem um tratado definido com a AstraZaneca e a Sanofi.

“O contrato permite aos Estados-membros comprar vacinas para 200 milhões de pessoas. Eles também terão a possibilidade de comprar vacinas para outras 200 milhões de pessoas”, disse a comissão em um comunicado. Um valor foi pago para assegurar a distribuição das vacinas pelos 27 países que fazem parte da UE.

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