O Ministério da Economia decidiu que o salário mínimo de 2021 será de R$ 1.088. A previsão inicial era que o valor fosse de R$ 1.067, mas o órgão do Governo Federal tratou de revisar, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O documento será enviado para o Congresso Nacional.
O motivo do reajuste se deve ao crescimento da inflação nos últimos meses e no mês passado houve revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é utilizado para a correção anual do salário mínimo pelo governo. Mas o reajuste foi para o alto.
Hoje o salário mínimo é de R$ 1.045 e com a mudança para R$ 1.088, o reajuste é de R$ 43 a mais. De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores no Brasil.
Mas o valor para 2021 pode sofrer novas alterações no decorrer deste ano, com base nas projeções de inflação para o ano de 2020 (utilizadas como parâmetro para correção). A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior.
O impacto na economia
Ao conceder um reajuste maior para o salário mínimo, o governo federal também gasta mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo.
De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa em 2020 de aproximadamente R$ 343 milhões.
Assim, um reajuste R$ 43 maior para o salário mínimo em 2021 representaria uma queda de cerca de R$ 14,74 bilhões nas despesas criadas para o Governo Federal. Se for considerada a projeção anterior, de R$ 1.067, os R$ 21 a mais representam um aumento de R$ 7,2 bilhões em gastos no ano que vem.
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