Passam de 50 o número de mortos pelo temporal de Petrópolis
As buscas continuam e ainda não se sabem quantas pessoas desapareceram
Subiu para 55 o número de mortos pela temporal que atingiu Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro na terça-feira (15). A informação foi confirmada pela prefeitura e o Corpo de Bombeiros permanece fazendo as buscas pelos desaparecidos.
Por conta da tragédia causada pelas fortes chuvas, a Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública e para atender todos os feridos, os hospitais da cidade receberam reforço. Já para quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia.
A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta-feira (16). Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível.
A quarta amanheceu com uma idade devastava pela terra. Ficou impossível saber onde era morro e onde era a rua. Os morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.
O Alto da Serra foi uma das localidades mais devastadas. A prefeitura estima que pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina. Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.
Ajuda
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro cancelou todos os compromissos agendados para ir à Petrópolis vistoriar os estragos e as buscas pelas vítimas.
“A situação é quase que de guerra. Vimos carros pendurado em poste. Carro virado de cabeça para baixo. Muita lama e muita água ainda”, descreveu.
Segundo Castro, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, deve ir à cidade na próxima sexta-feira (18). “Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros”, disse.
Castro afirmou que “as sirenes funcionaram perfeitamente”. “Tanto que a tragédia não foi maior porque as sirenes funcionaram.” Mas alertou. “Mas foi uma tragédia de uma hora para outra, com uma quantidade de chuva raramente vista: 200 milímetros em duas horas é uma quantidade absurda e infelizmente, não teve como salvar todas as pessoas”.
“Estamos passando por uma situação de extrema gravidade, e direcionamos todos os esforços para garantir o socorro da população”, destacou o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo. A busca por sobreviventes em meio ao soterramento no Morro da Oficina seguiu intensa ao longo da madrugada e contou com a ajuda de moradores e equipes dos Bombeiros, Exército e Defesa Civil.
Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuavam no atendimento da população e recuperação da cidade.
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