Neste sábado (26) morreu a menina Fernanda Manzutti, de 12 anos, a popular Fernandinha, que fez uma campanha para realizar o tratamento Car-T Cell, que custou R$ 8 milhões. Ela enfrentava um tipo de leucemia agressiva há dois anos, mas não resistiu.
Após ser diagnosticada com leucemia linfóide aguda, a família de Fernandinha, que é de Jundiaí, passou por todos os tratamentos no Brasil, mas a alternativa encontrada foi realizar a terapia Car-T Cell, que ainda não é aplicada no país. Para isso, em maio, começou uma campanha virtual que mobilizou a população, mas também diversas personalidades.
A assessoria da família da Fernandinha divulgou uma nota de pesar após o anúncio da morte da adolescente.
“Arrecadamos valores suficientes para sua jornada de cura. Incansável, ela enfrentou toda dor, todos os procedimentos, muitas horas de quimioterapia, radioterapia, remédios experimentais.”
Tratamento
A adolescente embarcou, no dia três de agosto de 2021, à Espanha para iniciar o tratamento Car-T Cell contra a Leucemia Linfóide Aguda (LLA).
Fernandinha passou pelo transplante de medula no dia 3 de dezembro do ano passado e ficou mais frágil devido ao procedimento. Ela permanecia internada na UTI do Hospital 9 de Julho.
“Ela foi para a Espanha, fez o Car T Cell, voltou para o Brasil, uniu as equipes médicas internacionais e brasileiras no seu tratamento, quase zerou a doença para que o transplante fosse possível. E a ‘Fer’ estava lá firme em seu propósito de viver todos os dias mais um dia. A medula pegou, mas seu corpo, já exausto, não suportou”, diz a nota.
A terapia CAR T-Cell consiste em habilitar linfócitos T, células de defesa do corpo. Elas são injetadas depois que são modificadas para rastrear e matar as células tumorais. O tratamento não é feito no Brasil.
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