VÍDEO – Operação contra o tráfico internacional de drogas ocorre em São Paulo e mais quatro estados e em Portugal
Foram expedidos 43 mandados de busca e apreensão e uma das ações ocorre em Guarujá e também em Jundiaí
Nesta terça-feira (19) a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Descobrimento, com o intuito de combater o tráfico internacional de drogas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco, além de Portugal, onde a doleira Nelma Kodama foi presa. Em São Paulo, ações ocorreram em Guarujá e também em Jundiaí, onde um morador foi preso.
Segundo a PF, ao todo foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva. Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga. A doleira Nelma Kodama foi presa em Portugal durante uma operação da PF.
Já no Brasil, outras cinco pessoas foram presas. Entre eles, o ex-secretário estadual de ciência e tecnologia de Mato Grosso, Nilton Borgato. Ele se licenciou do cargo para disputar uma vaga de deputado federal. Na Baixada Santista, a ação policial começou cedo. Por volta das 7h30, na sede da Polícia Federal, em Santos, os policiais se organizavam para prestar apoio as equipes que foram cumprir os mandados na região. As buscas da Operação Descobrimento foram realizadas no Guarujá.
Início da investigação
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021. Na ocasião, um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador, na Bahia para abastecimento. Só que após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países. Ela era composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros. Eles eram responsáveis pela movimentação financeira do grupo.
As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça Portuguesa. Além disso, a Justiça Brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.
No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da DEA (Drug Enforcement Administration – Agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.
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