Cultura

Gêmeas dão show na dança e buscam ajuda para competir na Alemanha

Irmãs de Santos se qualificaram para um festival e agora buscam por apoio

A dança gera um olhar de encanto, deslumbre, beleza e espanta todos os males. Além de exercício, a dança é uma arte e nestes aspectos, irmãs gêmeas de Santos, Litoral de São Paulo vem arrasando pelos palcos da cidade e também do Brasil com toda a leveza do ballet e de outros gêneros. Com todo este sucesso, as gêmeas Maria Carolina Santos e Maria Clara Santos, de 18 anos, vem obtendo grandes conquistas, sendo a mais recente, a qualificação para um festival na Alemanha.

Mas para seguir desfilando o talento, agora para o mundo, o desafio será árduo, mas não impossível. A dupla busca por ajuda que garanta os custeios da estadia, alimentação e também para a competição. À Rede Notíciaz bateu um papo com as gêmeas bailarinas e elas contam sobre a campanha, mas também sobre a carreira e o amor pela dança.

A missão das irmãs Maria Clara e Maria Carolina é obter uma ajuda de R$ 35 mil, sendo R$ 10mil para cada integrante. Além disso, também serve para garantir os custeios com estadia, alimentação e outros casos. Tudo seguindo o que o hotel exigido pela organização pede. O Festival de Dança da Alemanha está marcado para acontecer entre os dias 16 e 20 de fevereiro de 2023.

Para ajudar acesse o link https://www.vakinha.com.br/3194296. Colabore com a dupla para representar em grande estilo a cidade de Santos e o Brasil.

O amor pela dança

“Desde pequenininhas fomos ensinadas a amar e respeitar a arte em si de todas as formas. Já fizemos aulas de canto, aulas de música, mas foi na dança onde encontramos a nossa maior paixão. Sempre pedíamos para nossos pais para fazer aulas de ballet, porém eles nunca tiveram condições de para pelas aulas de dança. Isso porque a arte aqui no Brasil é muito cara e pouco valorizada”, conta Maria Clara.

“Mas com 9 anos, quando fizemos uma audição em uma escola de dança pública aqui em Santos que ela é mantida pela prefeitura e passamos no teste. Assim, ingressamos no ballet clássico. Mas foi graças a uma tia minha que conseguimos ir para as aulas pois meus pais sempre entravam cedo no trabalho e saiam muito tarde e não dava tempo de me levar para o Ballet e depois para a escola”.

“Nessa escola permanecemos até 2019, que foi quando conseguimos a nossa formação clássica. No período que estivemos lá, a cada ano começamos uma modalidade nova, primeiro veio o jazz,depois o sapateado irlandês, o sapateado americano e o contemporâneo”, diz a irmã Maria Carolina.

“E foi nessas outras modalidades que encontramos uma paixão e uma oportunidade de conseguir carreira com isso”.

O impacto da Covid

“Em 2020, por forças maiores, tivemos que deixar a escola que estávamos e procurar outras para continuar dançando. Foi aí que encontramos a escola Ludmila Freitas Ballet, no Centro Espanhol de Santos. Lá fizemos no início do ano um teste de bolsa e conseguimos 100%. Mas logo veio a pandemia e passamos muitos meses em casa fazendo aulas online em um espaço muito pequeno para nós duas”, revela Clara.

“Foi durante essa pandemia que nossa mãe acabou perdendo o emprego e meu pai, que sempre foi uma grande admirador da arte e que me ensinou tudo, acabou pegando e falecendo de Covid”.

“Foi com muito abalo que voltamos a dança para as aulas presenciais e a dança nos ajudou com tudo isso. Foi aí que percebi o quanto a dança se tornou nosso refúgio e o quanto ela nos fez mais fortes para a vida. Nesse ano começamos a ir para algumas competições pelo estado de São Paulo e fomos premiadas nas mesmas”.

Classificação e busca de ajuda

“No último mês participamos do Santos Dance Festival que é organizado pela Marissa Piveta e foi nesse Festival que os jurados nos selecionaram para dançar na Alemanha. Agora estamos correndo atrás com mais aulas, treinos, ensaios e indo atrás de conseguir dinheiro para poder viajar”, conta.

“Como falei anteriormente o jurado Oleksi Bessmertini nos selecionou para dançar na Alemanha. Sendo o único duo contemporâneo selecionado da primeiro noite competitiva do Santos Dance Festival”, destaca.

“Precisamos de uma média de 35 mil reais para arcar com as despesas,pois lá temos que ficar em um hotel específico que a competição pede devido a alguns requisitos”.

O sonho

“Começamos a competir esse ano com um duo contemporâneo que foi coreografado pela Flávia Sá, com ele tivemos muitas oportunidades de mostrar nossa arte em muitos lugares e queríamos muito poder ter mais uma de ir para fora do país e representar o Brasil”.

“Voltar para casa com um prêmio seria incrível, porém no momento estamos com o intuito de ir lá,dar o nosso melhor e mostrar para as pessoas o nossa admiração pela dança e mostrar a história que nosso duo conta que é um pouco do nosso dia a dia na dança”.

Para a professora de ballet e proprietária do grupo, Ludmilla Freitas, o talento delas, vem de muito tempo. “As meninas são talentosas e muito disciplinadas, isso faz toda a diferença. Fazem muitas aulas por semana; de balé, jazz, contemporâneo e sapateado, além dos ensaios”, revela.

Ludmilla conta também mais detalhes do desempenho que Clara e Carol mostram. O amor pela dança, sempre fez a diferença. ” Elas ficaram em segundo lugar na seletiva e conseguiu a vaga para o Tanzolymp. Mas durante os anos elas participaram de várias competições, sempre com boas notas e colocações”.

E em relação a dança, Ludmilla enaltece que dançar não se resume apenas a uma arte. “As lições da dança envolvem disciplina, persistência e superação”.
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