Tireoidite de Hashimoto: doença é um perigo na vida das mulheres
A enfermidade é autoimune e mais recorrente no público acima dos 40 anos
Que as mulheres precisam redobrar os cuidados com a saúde, não é novidade. E uma das doenças que passa desapercebido, mas é bem perigosa é a chamada tireoidite de Hashimoto ou tireoidite linfocítica crônica. Ela é uma doença autoimune onde o próprio organismo cria anticorpos contra a glândula da tireoide.
O médico cirurgião de cabeça e pescoço, Dr. Rogério Dedivitis, explica que essa doença atinge principalmente as mulheres. “Alguns estudos mencionam que de 5% a 10% das mulheres podem apresentar essa doença. É mais comum após os 40 anos. Porém, pode ocorrer na infância ou adolescência”, frisa.
Além da tireoidite de Hashimoto, também existem as tireoidites agudas e subagudas, que são menos frequentes. Segundo o Dr. Dedivitis “A aguda seria a infecção da tireoide, podendo evoluir para a formação de pus e é uma doença rara. As subagudas podem ser dolorosas ou não e também ter causa autoimune ou viral”, conta.
Riscos e cuidados
Os fatores de risco para desenvolver a tireoidite de Hashimoto são: predisposição genética, gravidez, pós-parto, dieta com excesso ou falta de iodo, exposição à radioterapia e uso de medicamentos como antiarrítmicos. De acordo com o Dr. Rogério Dedivitis, a tireoidite de Hashimoto pode não apresentar sintomas por anos.
“A doença pode permanecer assintomática, sem qualquer manifestação clínica. Os sintomas de hipotireoidismo podem ser notados, como ganho de peso ou dificuldade de perdê-lo, sonolência, cansaço, sensação de fraqueza, queda de cabelo, unhas fracas, diminuição do apetite, entre outros”, destaca.
Para obter o diagnóstico, principalmente as mulheres acima de 40 anos, devem fazer a dosagem laboratorial dos hormônios tireoidianos e anticorpos específicos. Dr. Rogério Dedivitis explica ainda sobre a necessidade de cirurgia. “A cirurgia é indicada para casos de associação com câncer ou se houver um grande aumento de volume, que pode comprimir as estruturas vizinhas ou levar a falta de ar ou dificuldade de engolir. Sem essas indicações, não há necessidade de realizar esse procedimento”, destaca.
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