Obras destruídas nos atos golpistas são restauradas e entregues em cerimônia
Relógio histórico de Dom João VI passa por restauração na Suíça; 21 itens danificados foram recuperados por equipes brasileiras e estrangeiras
Em Brasília, foi realizada uma cerimônia de reintegração das obras de arte destruídas durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando cerca de quatro mil apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, sede do Gabinete da Presidência da República.
No evento, 21 itens restaurados foram oficialmente devolvidos, marcando o encerramento de um trabalho conjunto entre especialistas brasileiros, das universidades de Pelotas e Brasília, e estrangeiros. A recuperação das peças ocorreu ao longo de meses, em um laboratório montado no Palácio da Alvorada.
Destaque histórico
Entre as obras recuperadas, está o raro relógio de pêndulo de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI. O item, que foi destruído por Antônio Cláudio Alves Ferreira — condenado à prisão em regime fechado pelo vandalismo —, precisou ser enviado à Suíça para restauração devido à sua complexidade.
Restauração como símbolo de reconstrução
Os trabalhos de restauração foram entregues em etapas, com o primeiro lote apresentado na segunda-feira (6). A cerimônia simboliza o esforço para reparar os danos ao patrimônio histórico-cultural do país, reforçando a importância da preservação da memória nacional diante de atos de destruição.
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