Mongaguá comemora 61 anos de existência
Programação especial foi preparada, mas devido a chuva as atividades foram canceladas


Mongaguá está em festa. A cidade completa nesta segunda-feira (7), 61 anos de emancipação político-administrativa. Ela é uma das mais procuradas pelos turísticas e tem como características praias atrativas e também uma beleza mesclada com o meio ambiente e o turismo.
Uma série de atividades estariam previstas para serem realizadas. Mas por causa da pandemia do coronavírus, muitas destas atrações precisaram ser canceladas, como seriam os casos de shows tão tradicionais que ocorrem na Praça Dudu Samba.
Entre as novidades foi feita a entrega do Ginásio de Esportes Arthur Friedenreich e a ampliação da quadra esportiva no bairro Agenor de Campos. Já às 17h tem sessão solene na Câmara Municipal de Mongaguá e ainda uma missa de Ação de Graças, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida.
A história
Por volta do ano 1000, a região foi invadida por povos do tronco tupi provenientes da Amazônia. Eles expulsaram os habitantes anteriores, chamados tapuias, para o interior do continente. Na época da chegada dos primeiros europeus à região, no século XVI, os guaranis habitavam às margens dos rios Mongaguá e Aguapeú.
O português Martim Afonso de Sousa desembarcou nas Ilhas de São Vicente em 1532. Naquele momento, foi criado o primeiro núcleo populacional de origem portuguesa no Brasil, São Vicente. A partir do século XVI, emissários de Martim Afonso que viajavam pelo litoral de São Paulo, capitães de mato e jesuítas paravam em Mongaguá para descansar, numa época em que ainda não havia habitação permanente.
Aos poucos, com o passar do tempo, foram surgindo moradores fixos e, consequentemente, as primeiras propriedades. Durante o Brasil Colônia, parte do atual município de Mongaguá pertencia à capitania de São Vicente e parte pertencia à capitania de Itanhaém.
Em 1776, o Sítio de Mongaguá foi arrematado em leilão público pelo coronel Bonifácio José Ribeiro de Andrada, pai de José Bonifácio, o “Patriarca da Independência”. A propriedade foi vendida ao padre João Batista Ferreira (1814) e, posteriormente, a Antônio Gonçalves Nobre (1847), Manuel Bernardes Muniz (1851) e a Heitor Peixoto (1892).
O desenvolvimento e a elevação como cidade
Em 1910, foi construído o Hotel Balneário Marinho, que estimulou o turismo na cidade. Atualmente, o prédio abriga a prefeitura da cidade.
Com a formação da Companhia de Melhoramentos da Praia Grande, em 1913, cujos principais acionistas eram Fernando Arens Júnior, David Antônio dos Santos, Prudente Correia, Ernesto Diedrichs, Alberto Hugo de Oliveira Caldas e Abílio Smith Camargo, foram criados os loteamentos: Jardim Marina, Jardim Aguapeú, Vila Arens, Jardim Caiahu, o Centro de Mongaguá e a Vila Sorocabana. A Companhia de Melhoramentos, porém, não teve êxito maior em seus projetos, pois os paulistas daquela época não demonstraram interesse em passar as férias no litoral.
Em 1937, com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana, a ocupação da região começou a se intensificar. Em 1938, foi criado o distrito de Itariri (ou Itarari), subordinado ao município de Itanhaém, que, em 1948, mudou sua denominação para Mongaguá.
Após a Segunda Guerra Mundial é que Mongaguá começou a se desenvolver. A construção da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, na década de 1950, deu um grande impulso ao crescimento do distrito.
Em 7 de dezembro de 1959, foi realizado o plebiscito para a emancipação de Mongaguá. Assim, o desejo da população de Mongaguá foi alcançado com uma votação esmagadora e o plebiscito foi aprovado. Em 31 de dezembro de 1959, o então governador de São Paulo, Jânio Quadros, assinou a Lei e Mongaguá foi elevada à categoria de município. A data do aniversário de Mongaguá passou a ser comemorada no dia em foi realizado o plebiscito e não na data da elevação à categoria de município.
Em 6 de dezembro de 1977, a Lei Estadual n° 1.482 concede a Mongaguá o título de “Estância Balneária”.
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