

O pedreiro Antônio Ferreira Silva, de 63 anos, foi condenado a 39 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado. O réu é acusado de assassinar a advogada Marleni Fantinel Ataíde Reis e o marido dela, Marcio Ataíde Reis, dentro da chácara do casal em Peruíbe.
De acordo com o promotor Orlando Brunetti Barchini e Santos, os jurados reconheceram que o réu cometeu homicídio triplamente qualificado ao matar Marleni por motivo fútil, impossibilitando a defesa da vítima e de forma cruel, causando sofrimento desnecessário.
Em relação ao marido da advogada, o júri apontou que Antonio cometeu homicídio qualificado, após reconhecer que o réu matou Marcio sem possibilitar a defesa da vítima, explica Orlando. A sessão começou por volta das 9h, mas só acabou perto das 23h.
O assassinato na chácara
O crime aconteceu em novembro de 2018, quando as vítimas, que moravam em Praia Grande, foram passar o final de semana no imóvel da cidade do Litoral Sul. O acusado já fazia ameaças contra eles em outras ocasiões, mas foi nesse dia que o crime ficou consumado.
Eles foram esfaqueados e depois teve ainda um tiro de espingarda. Márcio Morreu na hora e Marleni resistiu. Mas ela morreu depois de ter sido transferida para o Hospital Regional de Itanhaém. As câmeras de monitoramento gravaram toda a ação criminosa e foram essenciais para a Polícia Civil conseguir prendê-lo.
O motivo das ameaças ao casal feitas pelo pedreiro foi por causa da venda de um Fusca ano 1983. Na época o valor foi de R$ 6 mil, mas pouco tempo depois, o comprador não tinha feito a transferência do nome no documento, e as multas levadas pelo condutor neste período eram encaminhadas para Virgínia.
Sem acordo para sanar o problema, a filha da advogada foi à Justiça cobrar a transferência do carro e também uma ação de danos morais contra Antônio.
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