Vacinas contra a COVID-19 podem ser unidas
Nesta sexta-feira (11), a farmacêutica AstraZeneca anunciou que estuda uma possibilidade de combinar a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, com a Sputnik V, do Instituto Gamaleya, da Rússia. As duas usam um outro vírus, modificado, para introduzir parte do material genético da doença no organismo e induzir a resposta do sistema imunológico.
Em ambas, o tipo de vírus que “carrega” a COVID-19 para o corpo é um adenovírus. Elas também são aplicadas em duas doses. A diferença é que, na vacina de Oxford, os adenovírus usados nas duas doses são iguais. Já na Sputnik V, eles são diferentes. Segundo os cientistas russos, isso é uma grande vantagem da vacina.
No Twitter, os pesquisadores disseram que “o uso de dois vetores diferentes para duas injeções vai resultar em uma eficácia maior do que usar o mesmo vetor para as duas injeções”. Kirill Dmitriev, o líder do fundo RDIF, que financiou a Sputnik V, disse que isso mostra a força da tecnologia da vacina e “a nossa disposição e desejo para fazer parcerias com outras vacinas para combater a COVID-19 juntos”.
A eficiência
Na terça-feira (8), a AstraZeneca e a Universidade de Oxford publicaram, em revista científica, o estudo que mostrava a eficácia de sua vacina contra o coronavírus. Segundo os dados, a eficácia foi de até 90% em voluntários que tomaram a dose menor da vacina. Mas esse resultado intrigou os próprios cientistas.
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, ainda não teve seus dados de eficácia publicados em revista científica. Segundo o último anúncio dos pesquisadores, no fim de novembro, a vacina teve eficácia “acima de 95%” 21 dias após a segunda dose.
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