Saúde

Vacina contra a COVID-19 pode começar no dia 20 de janeiro

Previsão pode se confirmar com a aprovação dos usos emergenciais de duas vacinas

Enquanto esteve em Manaus, no Amazonas, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello disse que a vacina contra a COVID-19 pode começar no dia 20 de janeiro. A previsão se deve a uma possível aprovação dos usos emergenciais dos imunizantes da CoronaVac e também da Oxford. Na última semana, tanto o Instituto Butantan, quanto a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Ele também falou de outras previsões que podem ocorrer entre os dias 20 de janeiro até o dia 10 de fevereiro, ou entre fevereiro até março. “Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação. A prioridade já está dada, é o Brasil todo. Vamos fazer como exemplo para o mundo. Os grupos prioritários já estão distribuídos”, afirmou.

Pazuello ainda pontuou: “Os números já estão distribuídos pelas 3 hipóteses: 2 milhões, 6 milhões ou 8 milhões agora para janeiro. Sabe o que vai acontecer se forem 8 milhões? Nós vamos ser o país que mais vai vacinar no mundo, e quero ver o que vão dizer”. Ao falar em 8 milhões, o ministro considera 2 milhões da vacina de Oxford/Fiocruz e 6 milhões da do Butantan.

Atraso na vacina

Enquanto mais de 40 países pelo mundo já começaram a vacinação contra o coronavírus, o Brasil até o momento não tem um prazo real para a imunização. Questionado sobre isso, o Ministro da Saúde fez um comparativo tentando se justificar.

“Somem quantas vacinas foram aplicadas no mundo. Sabe quanto dá? A cidade de São Paulo. Somando todas, China, Estados Unidos, Israel, tudo. Você imuniza uma grande cidade, o resto não. E a gente tem que ouvir que estamos atrasados porque a gente não comprou 500 mil doses da Pfizer com essas pequenas cláusulas?”, queixou-se. Até o momento, já foram aplicadas 24,1 milhões de doses no mundo, sendo 9 milhões na China e 6,7 milhões nos Estados Unidos, segundo levantamento do Our World In Data.

O ministro ressaltou que, com a doses importadas, não seria possível vacinar mais de uma cidade e, por isso, é preciso fabricar os imunizantes no Brasil. Dentro do país, o Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) irão fabricar vacinas contra a COVID-19. No entanto, ambas as instituições já protocolaram pedidos para uso emergencial para uma quantidade de doses que já foi ou será importada.

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