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Palácio da Polícia tem interdição suspensa

Uma determinação judicial tinha impedido o funcionamento até que as obras fossem feitas

A novela do Palácio da Polícia, no Centro de Santos continua. Após a Justiça determinar o fechamento do local para que as obras ocorressem, uma liminar suspendeu a interdição do prédio, onde é a sede da Polícia Civil da Baixada Santista.

Segundo informações, a suspensão da interdição ocorreu no final de semana e segundo a Polícia Civil, “o processo de reforma da unidade segue em licitação, em acordo com os procedimentos legais e etapas do processo de contratação da obra. Serão destinados cerca de R$ 8 milhões à reforma que visa a melhorar as condições de trabalho dos policiais e o atendimento à população”.

A situação do prédio

O prédio deveria ser desocupado na última sexta-feira (26) para que as obras pudessem ser feitas. Mas nada foi feito. Além disso, os policiais e outros funcionários seguiram trabalhando, mesmo com risco de queda da estrutura.

Renato Martins, que é o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de São Paulo, explicou que há pelo menos seis anos que o Sindicatos do Funcionários da Policia Civil de Santos e Região (Simpolsan) pede que o Estado adote às providencias cabíveis para afastar os riscos que a falta de segurança.

“A interdição foi medida extrema, o desembargador do tribunal concedeu-a por conta da inércia e da omissão do Estado. O Estado ingressou com o agrave que foi recebido, como efeito suspensivo à interdição para poder apreciar o que foi implantado. Mas é justamente a falta de compromisso daquilo que foi acordado em juizado que veio a decisão extrema de interdição”, conta Martins.

Segundo o presidente do sindicato, o Estado apresenta o denominado dano reverso, do qual as obras, a mudança de local e os prejuízos, serão muitos piores do que a manutenção do prédio. “A única preocupação do governador João Doria é o negacionismo à ciência exata representada pela engenharia. Um governo que quis ser descomprometido com a ciência diante a crise causada pela pandemia, é negacionista com o óbvio, inclusive comprovado por dois laudos que instruirão o processo de obrigação de reparo aos danos do Palácio.

Riscos

Há um laudo feito por um perito que mostra diversas imagens graves de risco de segurança e falta de manutenção ao prédio. Os laudos comprovam aquilo que está claro diante os olhos, mas existem os riscos que não estão visíveis, que é a situação do sistema elétrico.

“Existe um risco iminente de incêndio no prédio. O prédio não tem laudo de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), e verifica-se que qualquer empresário sem esse laudo tem suas interrupções de atividade, quando há algum problema. Aqui o palácio convive com total insegurança, e isso ficou comprovado no laudo que instruiu no processo e culminou na interdição, não por desejo do judiciário e sindicato, mas por conta da inércia do Estado e efetivamente efetuar os reparos e fazer as reformas que são imprescindíveis”.

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