Saúde

Brasil vai obter 10 milhões de doses da Sputnik V

Ministério da Saúde assinou o contrato e 400 mil doses devem chegar até abril

O Ministério da Saúde assinou nesta sexta-feira (12), um contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V contra a COVID-19. Assim o Brasil deve receber esta quantia até meados de junho, sendo que 400 mil chegarão até abril.

A previsão da pasta é que o Brasil tenha 400 mil doses até o final de abril, mais 2 milhões no fim de maio e 7,6 milhões em junho. Apesar desta notícia essencial da chegada de mais vacinas, a Sputnik ainda não tem autorização para uso. Os desenvolvedores firmaram parceria com a farmacêutica brasileira União Química. Só que ainda não há previsão de quando a produção em escala nacional deva começar.

“Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário”, explica Elcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

A pasta informa que a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil. Fabricantes em São Paulo e no Distrito Federal devem ser instaladas. A possibilidade de produção 100% nacional será avaliada pelo Ministério da Saúde nas próximas semanas e pode levar à concretização de outro acordo comercial.

A eficácia da Sputnik V

A vacina Sputnik V teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”, uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.

A Sputnik V usa a tecnologia de vetor viral. Nesse tipo de vacina, um outro vírus (nesse caso, o adenovírus) “leva” o material genético do coronavírus, o RNA, para dentro do nosso corpo. Mas esse adenovírus é modificado para não conseguir se replicar (reproduzir). Por isso, ele não causa doença.

No caso da Sputnik, o adenovírus que leva o coronavírus para dentro do corpo é diferente em cada dose: na primeira, é o Ad26 (mesmo da vacina da Johnson). Na segunda, é o Ad5, mais comum. Ambos são adenovírus humanos.

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