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Mais uma vez, tartaruga-de-couro dá as caras em Itanhaém

Pela terceira vez o animal escolhe a cidade para realizar a desova

Pelo visto a tartaruga-de-couro gostou de vir à Itanhaém. Pela terceira vez o animal apareceu numa para da cidade para desovar. Mas desta vez a tartaruga apareceu na Praia do Centro, ou como é popularmente chamada, Praião.

A Secretaria de Meio Ambiente de Itanhaém informou que a tartaruga-de-couro apareceu próximo à Boca da Barra. Pessoas avistaram o animal saindo do mar, só que ela retornou devido a forte iluminação. O Instituto Biopesca foi chamado, mas não conseguiu encontrar a tartaruga gigante. Mas quando deu 4 da manhã, ela apareceu e fez mais um ninho nas areias do Praião.

 A área foi cercada pelos técnicos do instituto, que já identificaram os ovos e acreditam que este terceiro ninho pode ser ainda maior que as outras desovas. Nas outras duas vezes, a tartaruga, que mede 1,77m de comprimento e chega a pesar meia tonelada, foi identificada pela anilha inserida em sua nadadeira, que auxilia nos estudos voltados à conservação da espécie.

Características

O biólogo marinho Eric Comin, conta que a tartaruga-de-couro se alimenta de salpas, que se parecem com uma água viva, e que acredita que, por conta disso, ela fez nova desova na região. “Esta espécie consome muita salpa, e a tartaruga vai se alimentando de acordo com as correntes marinhas. A região de Itanhaém tem uma quantidade de salpas considerável, e o fato de ela estar aqui pode estar relacionado à alimentação”, afirma.

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém.

Segundo o biólogo, não é comum a desova na nossa região, a maioria acontece no Espírito Santo, mas há registros, também, no Litoral Norte de São Paulo. Esta espécie é totalmente oceânica, vivendo bem longe da costa, e quando se aproxima a época de reprodução, vem para o litoral.

Cada desova pode produzir em média 100 ovos, de forma periódica, de dois a três anos, e a tartaruga pode desovar até sete vezes. Seu ninho chega a um metro de profundidade. De acordo com o especialista, a temperatura interfere no sexo dos filhotes, se o ambiente é mais quente, mais fêmeas nascerão.

A espécie consta como vulnerável à extinção, e um dos fatores é a pesca de arrasto, que favorece a mortalidade desses animais, sem contar a presença de lixo nos oceanos, que a tartaruga confunde com alimento, afirma o biólogo.

Os outros dois ninhos vêm sendo diuturnamente monitorados pelo Biopesca, com apoio da Guarda Civil Municipal e da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, e agora, este novo ninho também será supervisionado.

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