Depois dos trabalhadores do transporte público, agora é a vez dos portuários de Santos fazerem protesto também pedindo para serem inseridos no grupo prioritário do grupo de vacinação contra a Covid-19. A ação ocorreu nesta segunda-feira (5) em frente ao prédio da Santos Port Authority, no Macuco.
A manifestação pacífica foi organizada pelos trabalhadores portuários. Eles utilizaram faixas e cartazes para pedir pela vacinação antecipada para a categoria. Além disso, fizeram uma homenagem aos portuários vítimas da doença.
O portuário Sandro Olímpio explica que a vacina é necessária, pois eles não pararam um momento, desde o início da pandemia. “Não paramos os portos, continuamos o trabalho, mesmo enfrentando esse vírus. Mais de 40 trabalhadores vieram a óbito, outros se infectaram, outros estão internados e intubados. Os trabalhadores estão morrendo e levando a infecção para dentro de sua residência, para sua casa”, diz.
Portuários como setor essencial
Em 2020, o Governo Federal sancionou a lei 14.047 que estabeleceu medidas especiais para enfrentamento da pandemia da Covid-19 com o objetivo de garantir a preservação das atividades portuárias, que foram consideradas essenciais.
Além do setor portuário ser fundamental para o abastecimento do país, os trabalhadores dizem que grande parte da população de Santos e Guarujá trabalha na área portuária e, por isso, eles pedem que o critério de vacinação deveria seja alterado na região.
“As cidades e os estados podem modificar. Santos tem essa característica. A maioria dos trabalhadores são do porto. Os trabalhadores portuários tem que ter a prioridade na vacina, tem que ser vacinados para poder eliminar de vez o risco de contaminação na cidade, vai reduzir muito esse risco”, fala o portuário.
Em janeiro, os profissionais da área de transporte foram incluídos no grupo prioritário na campanha de vacinação do Ministério da Saúde (MS) contra a Covid-19. Porém, a logística e data para início desses grupos prioritários da vacinação não foi divulgada.
Respostas
Em nota, a Prefeitura de Santos disse que a cidade segue o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19. Tanto o envio das doses como a determinação dos respectivos públicos-alvos a serem vacinados são responsabilidades do Governo do Estado.
Já o Palácio dos Bandeirantes também informou em nota que a destinação de mais vacinas contra Covid-19 pelo Ministério da Saúde é crucial para continuidade da campanha e expansão dos públicos-alvos. Toda estratégia de distribuição das grades e inclusão de novos públicos segue os critérios técnicos definidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) e à medida que o Ministério viabiliza novos quantitativos.
O Governo de São Paulo, seguindo a missão de salvar vidas, tem priorizado a imunização justamente dos públicos mais vulneráveis: profissionais de saúde, indígenas, quilombolas, idosos e adultos com deficiência residentes em instituições de longa permanência, além de avançar gradativamente na imunização dos idosos em geral – que representam 77% das vítimas fatais da Covid-19.
O Estado tem atuado com agilidade na logística e distribuição para a rede de saúde de SP sempre que recebe novas remessas de vacinas. A execução da campanha, com organização e distribuição de quantitativos na rede de saúde, bem como aplicação das doses na população, é responsabilidade dos municípios.
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