Música se despede de Dominguinhos do Estácio
Cantor e compositor sofreu uma hemorragia cerebral e ele ficou internado desde 11 de maio
A música, especialmente o samba, tiveram uma perda bastante sentida. Aos 79 anos, o cantor e compositor Dominguinhos do Estácio morreu vítima de uma hemorragia cerebral, em Niterói, no Rio de Janeiro. Ele chegou a ser intubado após a internação, mas não resistiu.
Dominguinhos começou a carreira na década de 1960, na Unidos de São Carlos. Quando a escola passou a se chamar Estácio de Sá, em 1983, Dominguinhos estava lá. E foi por causa do nome do bairro Estácio, região Central do Rio de Janeiro, que o músico obteve este sobrenome
Pela Imperatriz Leopoldinense, o artista foi campeão do carnaval carioca em duas ocasiões: em 1981, com “Só dá Lalá”, e em 1989 com “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”. Graças aos seus hits, ele ajudou a erguer cinco taças do Carnaval Carioca.
Confira:
- 1980 – O que é que a Bahia tem (Imperatriz Leopoldinense).
- 1981 – O teu cabelo não nega (Imperatriz Leopoldinense).
- 1989 – “Liberdade, liberda, abre as asas sobre nós. (Imperatriz Leopoldinense).
- 1992 – Paulicèia desvairada – 70 anos do modernismo (Estácio de Sá).
- 1997 – Trevas! Luz! Explosão do universo (Unidos do Viradouro).
Mas em 2020, ele sofreu um infarto depois do desfile da Viradouro e foi do Sambódromo direto para o hospital. Em nota, a escola lamentou profundamente a morte.
“Dominguinhos foi o intérprete oficial e emocionou milhões de corações. Sua voz inconfundível e seu carisma cativaram nossa comunidade, criando uma relação única e especial, que ficará para sempre na história do samba e da Viradouro”.
Além da agremiação de Niterói, ele também teve passagem pela Grande Rio. Amigos do mundo do samba começaram a se manifestar pela morte do intérprete. “É com muita tristeza que recebo a notícia da morte do senhor Dominguinhos do Estácio. Ele é uma referência para mim. Aprendi a cantar, a conduzir sambas, com ele. Ele nos ensinou que a respiração também é música”, disse o intérprete da Grande Rio, Evandro Malandro.
“Uma das vozes mais bonitas e elegantes que já vi passar pela Marquês de Sapucaí. Uma grande referência para todos nós, cantores. Vai deixar muitas saudades. Vai com Deus”, afirmou o intérprete da Mangueira, Marquinho Art’Samba.