

Somente em agosto é que haverá uma definição sobre a ligação seca entre Santos e Guarujá. O Ministério da Infraestrutura confirmou a informação após audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados.
Uma das definições é sobre qual ligação será executada, se será a construção de uma ponte ou um túnel submerso. Além disso, resta saber qual o modelo de viabilização econômica da obra será adotado.
O prazo de mais dois meses para a tomada de decisões foi informado pelo diretor de Novas Outorgas do Ministério da Infraestrutura, Fábio Lavor. Ele também disse que, para garantir recursos para a obra, a ligação seca foi incluída no contrato de concessão da gestão do Porto de Santos, cabendo, então, ao vencedor assumir o custo total ou parte da construção.
Além do Lavor, a audiência também reuniu representantes da Santos Port Authority (SPA), Secretaria de Transportes e Logística do Estado de São Paulo, das prefeituras de Santos e Guarujá, da Associação Comercial de Santos, de especialistas no tema e do Movimento Vou de Túnel.
Conheça os projetos de ligação Santos/Guarujá
O projeto da ponte, da Ecovias tem 7,5 quilômetros de extensão, com início da entrada de Santos e término próximo ao acesso à Ilha Barnabé, na Área Continental de Santos.
Já o projeto do túnel tem um trajeto de 1,7 quilômetros, com três faixas de rolagem em cada sentido. O projeto inclui acesso para ciclistas, pedestres, mas também poderá contar futuramente, com uma via exclusiva para o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Opiniões
Ao longo da audiência pública, os representantes argumentaram sobre o modelo de ligação preferido, apontando benefícios e malefícios sobre o segundo modelo. O presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, saiu em defesa do túnel, afirmando que uma ponte entre as cidades traria problemas de navegação para navios maiores e de mobilidade urbana.
Casemiro Tércio de Carvalho, executivo de Mercado e Infraestrutura, também falou sobre as vantagens do túnel e destacou que o modelo proposto pelo Estado, de viabilização da ponte, faria os usuários do sistema Anchieta-Imigrantes pagarem pela obra, enquanto que o túnel seria custeado apenas pelos que venham a utilizar a ligação submersa.
O secretário de Transportes do Estado, João Octaviano Machado Neto apontou que não recebeu resposta do Ministério da Infraestrutura sobre o estudo técnico da opção da ponte. Fábio Lavor respondeu que a resposta ainda não foi dada pois a avaliação da proposta da ponte ainda não foi concluída. “Estamos avaliando abertamente as duas opções e ainda não temos uma definição”, disse.
O secretário de Assuntos Portuários de Santos, Ronald Couto, afirmou que a decisão vai depender da viabilização técnica e financeira. Segundo ele, a prefeitura apoia as duas opções igualmente. Jairo de Almeida Lima Neto, diretor de Desenvolvimento Portuário e Logística de Guarujá, também deu o apoio às duas opções e pediu que as autoridades envolvidas na definição da obra, seja ponte ou túnel, contemplem os acessos ao aeroporto e às rodovias.
J engenheiro Eduardo Lustosa, do Movimento Vou de Túnel, defendeu a opção imersa por conta dos impactos que uma ponte pode ser trazer à região.
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