Santos

VÍDEO – Jornalista é agredido pela Guarda Municipal em Santos

Rapaz afirma que foi falar com um casal de amigos, quando ocorreu abordagem e agressão por conta de aglomeração que acontecia em praça, mesmo estando ao lado contrário de grupo que aglomerava.

Um jornalista de 40 anos diz ter sido agredido por guardas civis municipais durante uma abordagem, em uma praça de Santos. Roberto Cosme afirma que havia parado no local para cumprimentar amigos e se proteger da chuva, quando chegaram os guardas para atender uma denúncia de aglomeração e as agressões teriam se iniciado. Já a Guarda Civil Municipal alega que ele resistiu a abordagem e precisou ser imobilizado para ser conduzido à delegacia.

Vídeos filmados por pessoas que estavam no local (veja acima) mostram Cosme sendo dominado e imobilizado por quatro agentes, enquanto os guardas são advertidos por quem filma sobre o excesso da força utilizada. O rapaz que filma chega a questionar, em determinado momento, ser iriam ‘matar’ a vítima. O caso ocorreu na madrugada deste sábado (17), na Praça do Sesc, em Santos.

O que aconteceu

O jornalista relatou em entrevista, neste domingo (18), que estava passando pela praça, após terminar o trabalho. Viu um casal de amigos e parou para falar com eles e se proteger da chuva. “Do outro lado, sem ser o que estávamos, tinha uma aglomeração, mas estava do lado contrário do nosso. Ali naquele lado estávamos sentados só eu, o casal de amigos, e um rapaz que não conhecíamos, mas porque ali tinha cobertura para se proteger da chuva”, afirma.

De acordo com ele, pouco tempo após parar no local, tirou a máscara para tomar um refrigerante e os guardas chegaram, afirmando que receberam denúncia de aglomeração. “Eu e meus amigos estávamos de máscara, mas na hora eu estava sem só para beber refrigerante. Falaram que eu não podia comer e nem beber ali e que tinha que ir embora. Isso do lado que estávamos só nós quatro, enquanto do outro lado rolava uma aglomeração. Eu falei que não tinha como ir embora porque estava chovendo. Aí eles pediram o documento, e eu falei que não iria dar, porque não tinha nada a ver com o ocorrido, não estava fazendo nada errado e a aglomeração estava do outro lado”, diz.

“Depois que falei isso do documento, eles já chegaram por trás, me bateram, deram joelhadas, me sufocaram com um ‘mata-leão’. Depois me jogaram para dentro da viatura, tentaram quebrar meu telefone. Falaram que eu iria virar meme. Eu não me neguei a colocar a máscara, só estava sem na hora que bebia refrigerante e expliquei o que estava acontecendo. Eu sou um cidadão, merecia respeito”, alega Cosme.

GCM

Em nota, a Guarda Civil Municipal (GCM) informa que foi acionada, por meio de denúncia (via telefone 153), para dispersar uma aglomeração na praça situada em frente ao Sesc-Santos. Confira o posicionamento na íntegra:

“Ao chegar no local, a equipe que estava na viatura da GCM foi recebida com resistência pelo grupo que estava descumprindo as medidas sanitárias vigentes. Houve necessidade de solicitação de apoio de outras viaturas.

Após orientações dadas ao grupo, grande parte acatou as medidas vigentes e passou a usar máscaras faciais. No entanto, dois indivíduos, mesmo após receberem as orientações, se recusaram a utilizar máscara e também a apresentar as identificações para que pudessem ser feitos os procedimentos administrativos pertinentes, sendo necessário que fossem detidos e imobilizados para a condução dos mesmos à delegacia, de acordo com a legislação vigente.

A GCM destaca que orienta os munícipes sobre as regras sanitárias em vigor. Em caso de descumprimento, o infrator poderá ser encaminhado ao distrito policial. O Artigo 268 do Código Penal estabelece como crime o ato de infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Este crime é passível de multa (estabelecida pela Justiça) e detenção de um mês a um ano.

Os dois indivíduos foram conduzidos ao Distrito Policial e apresentados à Autoridade de Plantão, que elaborou Boletim de Ocorrência por desobediência e infração de medida sanitária preventiva e por não portar máscaras.

Vale destacar, ainda, que o local – a Praça em frente ao Sesc-Santos – é alvo constante de denúncias de indivíduos acusados de perturbação ao sossego.”

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