Brasil supera a França em jogo histórico no vôlei
As duas seleções fizeram 249 pontos, maior pontuação da história das Olimpíadas
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Já virou rotina acompanharmos os jogos de vôlei do Brasil com muita emoção. Mas o duelo que terminou na madrugada deste domingo (1) no horário de Brasília superou as expectativas. Contra a França, os brasileiros superaram todas as adversidades e após 249 pontos anotados, a vitória por 3 sets a 2 foi decretada a favor do Brasil. A partida, segundo a Federação Internacional de Vôlei (FIVB), foi a maior da história dos Jogos Olímpicos.
O primeiro set foi um jogo mais eficaz para o time de Renan Dal Zotto. Seguro, os brasileiros tiveram com domínio e mesmo com a tentativa de reações dos franceses, o Brasil seguiu com o controle e fechou o primeiro set com 25/22.
O set mais longo
Se o primeiro set foi mis sossegado, o segundo teve doses de drama, emoção e superação. O Brasil cometeu alguns erros, mas não permitiu que a França se distanciassem na pontuação. Mas antes da reta final, os franceses conseguiram se impor e chegaram a ter 22/19 a seu favor. Contudo, como se trata de Brasil e França, emoção é o que não falta e assim foi até o final.
Os brasileiros conseguiram impedir cinco set points franceses até estar na frente com 29/28. Só que a partida se prolongou ainda mais e no fim Ngapeth, principal astro francês terminou a série com 39/37 a favor da França. Só não bateu o recorde de set da história das Olimpíadas porque em Sydney 2000, no primeiro set, a Itália venceu a Argentina por 40/38.
Equilíbrio prevalece
Passada a emoção do segundo set, o terceiro foi mais ‘normal’. O Brasil acelerou na volta à quadra. Ao ignorar o cansaço pela parcial anterior, logo abriu vantagem contra os franceses. No golpe cruzado de Lucarelli, marcou 14/9 na conta. Lucão, pouco depois, fez a a vantagem subir para 17/10. Se o segundo set parecera interminável, o terceiro foi curto e rápido. Com tranquilidade, a seleção garantiu o triunfo em 25/17.
Tudo tranquilo? Nada disso. A seleção brasileira tentou manter o ritmo para fechar logo a partida. Do outro lado, porém, a França ainda precisava de um set para garantir o lugar nas quartas sem depender dos outros resultados. O Brasil abriu vantagem, mas a França foi buscar. No bloqueio sobre Leal, deixou tudo igual, em 10/10. Os dois times brigavam muito.
A França, porém, conseguiu abrir vantagem. Ao marcar 17/15, viu Renan Dal Zotto pedir tempo. Pouco adiantou. Foi a vez de a França acelerar. O time europeu, que defendia absolutamente tudo, abriu 23/19 pelas mãos de Ngapeth. Renan parou a partida mais uma vez e mandou Cachopa e Alan à quadra. Logo depois, Isac também entrou na vaga de Maurício Souza. Ainda assim, em uma largadinha de Patry, viu os rivais fecharem em 25/21.
Tie-break e vitória do Brasil
Com a vaga garantida, a França pareceu relaxar. E abriu espaço para que o Brasil disparasse no tie-break. Mais firme no ataque, a seleção conseguiu voltar a dominar os rivais e abriu 8/4. Mas os franceses voltaram à briga e deixaram tudo igual em 12/12. A partir daí, foi no detalhe. O Brasil salvou três match points e conseguiu a virada no fim: 20/18, em um jogaço em Tóquio.
O Brasil ainda vai precisar esperar para conhecer seu rival nas quartas em Tóquio. Com a vitória da Rússia por 3 a 0 sobre a Tunísia, a seleção brasileira avançou no segundo lugar da chave, atrás apenas dos rivais europeus.
Do outro lado, o grupo A ainda segue indefinido. O Brasil vai enfrentar o terceiro colocado do outro lado. Um sorteio no fim da rodada entre os segundos e terceiros lugares de cada grupo vai definir o chaveamento nas quartas. São três possíveis rivais: Itália, Japão e Irã.
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