Carro de luxo e quatro embarcações são apreendidas pela Polícia Civil
Operação investiga sócios de uma empresa suspeita de obter dinheiro ilícito com estelionato
A Polícia Civil realizou as apreensões de quatro embarcações e um carro de luxo nas cidades de Praia Grande e São Vicente. A ação foi da equipe do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) durante operação que investiga uma empresa responsável de receber dinheiro ilícito por meio de estelionato.
Chama de ‘Operação Matrioska II’, ela é a continuação de uma outra operação feita pela divisão de capturas do Dope, que apreendeu bens desse grupo no último dia 9. a ação ocorreu na última sexta-feira (13), mas só nesta segunda-feira (16) que os detalhes foram revelados.
Segundo o Dope, a primeira apreensão ocorreu na capital paulista, onde oito automóveis de luxo foram localizados. As autoridades ainda apreenderam oito notebooks, 12 celulares e documentos referentes à empresa utilizada para aplicar os golpes. Nesta primeira operação, os policiais descobriram que havia outros bens em cidades do litoral.

Equipes foram até Praia Grande, onde localizaram uma Lamborghini ano 2008. Na sequência, os policiais se dirigiram até uma marina em São Vicente, cidade vizinha. No local, encontraram quatro embarcações de luxo guardadas, que pertenciam aos investigados.
O carro foi conduzido à sede da Divisão de Capturas do Dope. Segundo o órgão, a Polícia Civil aguarda a perícia nos equipamentos apreendidos e deve ouvir os envolvidos.
Investigação
Conforme o Dope, as pessoas que tiveram os bens apreendidos têm relação com uma empresa que presta consultoria em contabilidade. Segundo a investigação, as vítimas são empresários, que são procurados pelos suspeitos e informados de que têm um dinheiro para receber da Receita Federal.
Ainda segundo a Polícia Civil, a fraude ocorre quando a empresa suspeita é contratada. De posse de uma procuração específica, ela acessa a conta da empresa vítima, promovendo alterações nos dados de pagamentos anteriores. Quando o crédito indevido é depositado na conta da empresa vítima, os honorários de 30% são repassados aos estelionatários.
Semanas depois, a auditoria da Receita Federal percebe a adulteração dos valores e passa a cobrar a devolução por parte empresa vítima. Ainda segundo o Dope, os suspeitos buscam formas de não responder nem atender ligações das vítimas, evitando lidar com o problema causado. O pedido de prisão temporária dos investigados foi indeferido, e os suspeitos devem ser ouvidos para o prosseguimento das investigações.
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