Sobe para 92 o número de mortos em atentado no aeroporto do Afeganistão
O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque terrorista
Chegou em 92, o número de pessoas mortas na explosão que aconteceu no Aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Desses, 13 eram militares dos Estados Unidos e a ação foi do Estado Islâmico-Khorosan, que confirmou a autoria do atentado.
Também ficaram feridas cerca de 150 pessoas, segundo explicou o ministro da Saúde do Afeganistão. A Associated Press (AP) afirma que 169 pessoas morreram, citando duas fontes afegãs, mas diz que a contagem pode mudar pois ainda há muitos corpos desmembrados ou ainda não identificados.
Enquanto isso, as forças de segurança americanas estão em alerta para a possibilidade de mais ataques nesta sexta-feira (27) e estão compartilhando informações com o Talibã nos postos de controle fora do aeroporto. A informação foi dada pelo general Kenneth “Frank” McKenzie, chefe do Comando Central dos Estados Unidos, órgão responsável pelas operações militares no Oriente Médio, inclusive o Afeganistão.
Apesar do atentado e do novo alerta, os voos de retirada de estrangeiros e afegãos não pararam ontem e continuam hoje. Por enquanto, aproximadamente 12,5 mil pessoas foram evacuadas na quinta, elevando para 105 mil o número de retirados do Afeganistão desde o dia 14, segundo a Casa Branca.
O que se sabe até agora?
As informações até o momento são que dois homens-bomba e homens armados atacaram afegãos que se aglomeravam no portão, na tentativa de sair do país. Os soldados americanos que faziam a triagem para os voos de evacuação, também foram alvos.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, condenou o atentado, afirmando que “o Emirado Islâmico [do Afeganistão] condena veementemente o bombardeio de civis no aeroporto de Cabul, ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança”.
O Estado Islâmico-Khorosan (EI-K) é mais radical do que o Talibã. O grupo criticou o acordo de paz assinado com os EUA que resultou na retirada estrangeira do Afeganistão.
Já o presidente americano, Joe Biden, disse que não vai perdoar o ataque e vai caçar os responsáveis. “Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los para fazer vocês pagarem”, afirmou Biden, ressaltando que “esses terroristas do Estado Islâmico não vão ganhar”.
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