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Brasil leva mais dois ouros e igual recorde de ouros em Paralimpíadas

País luta para chegar ao sexto lugar no quadro de medalhas

Um desempenho espetacular que fez com que o Brasil igualasse o melhor desempenho de conquistas de medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio. Mais duas douradas foram garantidas e elas vieram no atletismo e ainda no goalball, com título inédito.

O primeiro ouro veio no goalball. O Brasil enfrentou a China na grande final paralímpica masculina e no começou encarou uma partida equilibrada. Até os últimos minutos da primeira etapa, quando Romário abriu o placar. Nos últimos instantes o 2 a 0 veio com Parazinho com um arremesso pelo meio.

Na volta à quadra, não demorou para que o Brasil ampliasse. Depois de uma penalidade chinesa, Leomon converteu e marcou 3 a 0. Os chineses responderam da mesma forma, diminuindo com Yang pouco depois. Mas, a pouco menos de dez minutos para o fim, Leomon ampliou em uma pancada, marcando 4 a 1.

Yang voltou a diminuir ao arremessar no canto do gol brasileiro. O time do Brasil sabia que não podia abrir espaço para a reação chinesa. Parazinho, então, soltou o braço e contou com o desvio na defesa chinesa para que a bola entrasse devagar: 5 a 2. Mais tarde, em nova penalidade, Leomon ampliou a conta para 6 a 2 e praticamente fincou o lugBrasil Paralimpíadasar do Brasil no topo paralímpico.

A China, então, foi para o desespero. Obrigou Parazinho a fazer duas boas defesas na reta final. O jogador brasileiro teve mais uma chance de ampliar, em nova penalidade, mas desperdiçou. Não fez tanta falta. A partir dali, a seleção manteve o ritmo e segurou os ataques chineses. O próprio Parazinho aumentou o placar e garantiu o ouro em Tóquio no fim: 7 a 2.

Thiago Paulino leva o segundo ouro e iguala recorde

Créditos: Getty Images

No arremesso de peso da classe F57, para cadeirantes, Thiago Paulino, bicampeão e recordista mundial cravou 15,10m e conquistou o ouro nas Paralimpíadas de Tóquio com recorde do evento. No pódio, terá a companhia do compatriota Marco Aurélio Borges, bronze com 14,85m. O chinês Guoshan Wu foi prata.

O ouro de Thiago Paulino é o nono do atletismo brasileiro e o 21º do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, igualando o recorde histórico de títulos do país nos Jogos, alcançado em Londres 2012. Ele coloca o Brasil temporariamente na sétima colocação geral, somando 61 medalhas – 14 pratas e 26 bronzes fecham a conta.

Prata inédita na canoagem

O Brasil também acumulou mais uma prata e outras quatro medalhas de bronze. Por isso caiu no quadro de medalhas, já que a Holanda é a atual sexta colocada.

Créditos: Divulgação/CPB

Teve medalha inédita vindo direto dos mares. Na canoagem, Luis Carlos Cardoso fez uma prova espetacular e levou a primeira medalha brasileira na modalidade. Na prova do caiaque 200m KL1, para canoístas que só usam o braço na remada, o brasileiro fez o tempo de 48,031s. Ele ficou apenas atrás do húngaro Peter Kiss, atual campeão mundial. O bronze foi para o francês Remy Boulle.

No atletismo, João Victor Teixeira, que já havia sido bronze no arremesso do peso F37, foi o terceiro colocado do lançamento do disco F37. Atual campeão mundial da prova para paralisados cerebrais, ele chegou a queimar a primeira tentativa, ele lançou para 46,94m, 48,24m e 48,22m. Mas na quinta e penúltima rodada, o brasileiro, enfim, conseguiu o que tanto almejava ao cravar 51,86m. João ainda fez um lançamento de 49,37m, mas nada capaz de alterar o pódio. O ouro ficou com o paquistanês Haider Ali, com 55,26m. A prata foi para o ucraniano Mykola Zhabnyak, com 52,43m.

Mais medalhas de bronze

Também vieram medalhas de bronze na natação e no parataekwondo. Wendell Belarmino conquistou o bronze nos 100m borboleta S11, para nadadores cegos. Ele cresceu no fim para superar o holandês Rogier Dorsman e ficar atrás apenas dos japoneses Keiichi Kimura e Uchu Tomita. Foi a terceira medalha do nadador de 23 anos em Tóquio – também foi ouro nos 50m livre S11 e prata no revezamento 4x100m livre misto para deficientes visuais. Com o resultado de Wendell, o Brasil fechou a natação com recorde de pódios.

Créditos: Divulgação/CPB

E no parataekwondo, Silvana Fernandes conquistou o bronze na categoria até 58kg da classe K44, para pessoas com deficiências em membros superiores, única classe nos Jogos de Tóquio. Ela venceu a americana Brianna Salinaro nas quartas de final, perdeu para a dinamarquesa Lisa Gjessing na semifinal, mas se recuperou com uma vitória por 26 a 9 sobre a turca Gamze Gurdal na luta pelo bronze.

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