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Ibama e Receita Federal encontram contêineres com lixo internacional no Porto de Santos

A carga veio da República Dominicana e foi enviada por uma empresa

Três contêineres no Porto de Santos foram encontrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), junto com a Receita Federal. Haviam toneladas de lixo recolhidos na República Dominicana dentro de um terminal nesta quarta-feira (22). A carga foi enviada por uma empresa, e deveria conter papelão para reciclagem. Mas havia grande quantidade de resíduo internacional.

O Ibama atendeu a ocorrência em uma operação conjunta com a Receita Federal. Ao todo, os três contêineres somam em torno de 75 toneladas e boa parte desse peso são de resíduos que foram prensados e colocados na carga.

Créditos: Divulgação/Ibama

A agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo Ibama na região, relata que os contêineres estavam em um terminal portuário. Quando a Receita inspecionava, percebeu que poderia se tratar da carga com contaminação e acionou o órgão ambiental. Ao abrir o contêiner para conferência, as equipes perceberam de que se tratava de uma carga com lixo prensado.

A origem

A carga chegou no país vinda da República Dominicana e a descrição informava que se tratava de aparas de papelão para reciclagem, conforme explica o Ibama. Entretanto, ao abrirem, eles se depararam com pedaços de papelão prensados com máscaras de proteção, pedaços de papel higiênico usados, guardanapos, garrafas plásticas com líquido dentro, dentre outros objetos.

“É um lixo doméstico seletivo e lixo hospitalar, eles vêm altamente contaminados com bolor, fungos, bactérias e mofados”, descreve Ana Angélica.

A agente explica que a empresa responsável pelo envio da carga é a mesma que havia encaminhado uma carga apreendida, no dia 25 de agosto, com lixo suspeito de contaminação. Nesta data, em meio ao papelão, havia copos plásticos, pratos, embalagens, ferragens, banquetas, sacolas de viagem, galão de produtos perigosos, máscaras de proteção, fraldas, entre outros.

“[A carga] vai ter que retornar para o país de origem, nem entra no Brasil. O contêineres estão lacrados e a empresa vai ter que devolver para o país de origem. Nesta quinta-feira (22), vamos lavrar o auto de infração e a notificação para devolução imediata dos contêineres”, explica a agente do Ibama. O valor da autuação ainda não foi determinado. Na última ocorrência, a empresa foi multada em R$ 40 milhões. Enquanto isso, o contêiner permanece lacrado.

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