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Caso da queda de elevador que matou quatro pessoas em Santos é arquivado

As vítimas eram da mesma família e a decisão se deve a poucas provas apresentadas para identificar um culpado

Está arquivado o processo que investiga a queda do elevador que despencou do 9º andar e matou quatro pessoas da mesma família em um prédio localizado em Santos. O Ministério Público fez este pedido à Justiça, alegando que há poucas provas que identifiquem um culpado pelo acidente.

A decisão é da juíza Silvana Amneris Rôlo Pereira Borges, da 6ª Vara Criminal de Santos. A magistrada acolheu as razões expostas pelo representante do Ministério Público. Assim foi determinado, nesta segunda-feira (27), o arquivamento da ação criminal que apurava a queda do elevador.

Pedido de arquivamento

O pedido foi feito pelo promotor Calos Eduardo Terçaroli e encaminhado à 6ª Vara Criminal de Santos, onde tramita a ação. A solicitação foi realizada após a análise de todos os depoimentos colhidos na época do acidente, documentos e laudos do Instituto de Criminalística (IC). Na época, os peritos concluíram que uma das placas que prendiam os cabos de aço do elevador rompeu.

Créditos: Reprodução.

O acidente aconteceu, por volta das 20h, do dia 30 de dezembro de 2019 em um edifício residencial da Marinha localizado na Rua Guararapes, na Vila Belmiro. Quatro pessoas da mesma família morreram no acidente.

São eles: Eric Miguel, 19 anos, o pai dele, Edilson Donizete, de 45 anos, e a mãe dele, Lucineide de Souza Goes, de 43 anos, moravam em Santo André.

Os três morreram logo depois de chegarem ao prédio. Eles iriam passar a virada do ano na casa de Jucelina Santos, irmã de Lucineide, que também morreu no acidente. Ela desceu para buscá-los no térreo do edifício. Mas quando a família subia para o 9º andar, o elevador caiu e demorou sete segundos para chegar ao poço.

Logo após o acidente, um inquérito policial foi instaurado para apurar as causas e identificar os possíveis culpados. Na época, os laudos periciais apontaram que houve um rompimento das placas que prendiam os cabos de aço do elevador. Além disso, haviam algumas irregularidades, como sujidade, vazamento de óleo e oxidação. Os problemas estavam tanto na casa de máquinas, quanto nos outros compartimentos. O documento foi finalizado em junho de 2020 e encaminhado à Justiça.

Provas insuficientes

Diante de todos os documentos apresentados após a conclusão do inquérito, segundo o promotor, não há provas suficientes que apontem um culpado pela queda e morte das vítimas. “À mingua de elementos suficientes que permitam imputar a prática de conduta culposa que tenha concorrido para o resultado morte das vítimas, não resta alternativa, senão pleitear o arquivamento”, disse o promotor.

O advogado da empresa Elevadores Villarta, Pedro Beretta, empresa responsável pelo equipamento, afirmou que o parecer do promotor foi muito bem feito. “Como bem o promotor colocou, não foi possível levar qualquer relação de causa e efeito nesse sentido, para dizer que qualquer pessoa teve uma ação ou omissão que levou a queda do elevador, e consequentemente, a morte das vítimas”.

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