Homem que asfixiou a própria noiva vai a júri popular em São Vicente
Vítima ficou mais de um ano sob tratamento, mas não resistiu e morreu

Nesta terça-feira (19) aconteceu o julgamento de William Cesar Borreli, acusado de asfixiar a noiva Janaina Caroline Cunha Alves, que morreu após mais de um ano em tratamento. O júri popular começou às 9h30 no Fórum de São Vicente e o acusado foi preso. Cinco testemunhas serão ouvidas no júri.
O crime ocorreu em 31 de março de 2016 na casa de Janaina. Ela trabalhava como enfermeira e tinha 26 anos na época. Após a agressão, ele fugiu, mas foi encontrado e preso no dia 9 de agosto do mesmo ano. Embora fosse o principal suspeito, ele negava ter atacado a vítima.

A até então noiva dele precisou ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ana Costa, em Santos. Depois, passou a realizar tratamento médico em casa, em São Vicente. A jovem respirava com a ajuda de aparelhos e se expressava muito pouco, por ter perdido os movimentos após a agressão.
Em 2017, Janaína broncoaspirou a dieta colocada diariamente pela enfermeira, que cuidava dela em casa. Com isso, a saúde dela se agravou, e em setembro ela foi diagnosticada com pneumonia. Ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva e teve alta com quadro estável, entretanto, morreu no dia 13 de outubro de 2017, depois de uma parada cardíaca.
Prisão e depoimento
Em depoimento à polícia, o suspeito afirmou que, ao chegar ao apartamento onde a noiva morava, encontrou a vítima sendo esganada por um pedreiro em um dos cômodos. Ao tentar salvar a jovem, ele entrou em luta corporal com o suposto agressor, que se desvencilhou e fugiu.
Já o pedreiro negou ser o responsável pelo crime. Segundo a versão do funcionário, ele realizava serviços no apartamento quando o noivo da vítima entrou e ficou com ciúmes por algum motivo, atacando a mulher. No entanto, o pedreiro afirma que saiu do local sem ver o desfecho das possíveis agressões.
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